Licitações milionárias para compra de remédios

Licitações milionárias para compra de remédios Notícia do dia 09/03/2015

Sete empresas de Manaus são vencedoras de licitação para fornecimento de medicamentos ao Fundo Municipal de Saúde (FMS) de Parintins no ano de 2015, com contratos de 11.593.958,30 (onze milhões quinhentos e noventa e três mil novecentos e cinquenta e oito reais e trinta centavos). O pregão é de novembro de 2014. O valor seria suficiente para a construção de 220 casas populares a um preço de R$ 50 mil.

 
A matéria foi publicada no Diário Oficial dos Municípios do Estado do Amazonas, edição 1253, no dia 22 de dezembro de 2014. Uma errata de aviso de homologação e adjudicação, com ata de registro de preços nº 13/2014, data do dia 18 de dezembro, assinada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e gabinete do prefeito em Parintins.


A verificação de autenticidade da matéria pode ser feita com o uso do código identificador 8F0F40BB no site http://www.diariomunicipal.com.br/aam/. A errata informa o “Registro de Preços para Eventual Aquisição de medicamentos para o Fundo Municipal de Saúde (FMS)”. A Stock Comercial Hospitalar Ltda. tem a maior licitação.


A empresa venceu 18 itens, com contrato de R$ 3.329.043,20 (três milhões trezentos e vinte e nove mil quarenta e três reais e vinte centavos). A Tapajós Comércio de Medicamentos Ltda., aparece com o segundo contrato milionário no valor de R$ 3.093.573,50 (três milhões noventa e três mil quinhentos e setenta e três reais e cinquenta centavos).


A SM Comércio de Produtos Farmacêuticos ganhou R$ 1.914.596,10 (um milhão novecentos e quatorze mil e quinhentos e noventa e seis reais e dez centavos). A Decares Comércio venceu 34 itens pelo valor de R$ 1.769.164,50 (um milhão e setecentos e sessenta e nove mil cento e sessenta e quatro reais e cinquenta centavos).


WN Comércio, Importação e Representações ficou com R$ 1.293.780,0 (um milhão duzentos e noventa e três mil setecentos e oitenta reais). Vimed Comércio e Representações de Produtos Hospitalares têm R$ 292.515,00 (duzentos e noventa e dois mil e quinhentos e quinze reais). Para a Qualifarma Produtos Hospitalares, o valor é R$ 193.509,00 (cento e noventa e três mil quinhentos e nove reais).

Falta remédios
O vereador Nelson Campos visitou centro de saúde na cidade e constatou falta de medicamentos na Unidade Básica de Saúde (UBS) Mãe Palmira, entre os bairros Paulo Corrêa e União. “A saúde hoje se encontra em situação de desespero. Pessoas estão literalmente morrendo por falta de medicação”, denunciou o vereador.


“A medicação seria distribuída no posto Dr. Aldrin Verçosa, porque alguns não podem ser entregues em qualquer ambiente e necessita de farmacêutico. Precisamos urgentemente que o poder público tome providência com relação a prestação de serviço de qualidade. A falta de medicamentos tem prejudicado sobremaneira o atendimento a saúde”, pronunciou Campos.


Apesar da abundância de valores em licitação, na farmácia do centro de saúde Dr. Toda, bairro Francesa, por exemplo, só tem disponível dipirona e paracetamol. A orientação dos funcionários é procurar a Semsa onde existe uma central de distribuição. O mecânico Pedro Pimentel se deparou com a falta de remédio no centro de Saúde Aldrin Verçosa, bairro Itaúna II.


No prédio da Semsa, funciona a Central de Assistência Farmacêutica de Parintins (CAF). A secretária de saúde, Rainez Rocha, procurada para falar sobre as licitações milionárias, indicou a reportagem procurar o setor de licitação da prefeitura. Na tentativa de contato com o departamento, as chamadas não eram atendidas ou encaminhadas à caixa postal.


Usuários dos bairros mais populosos - Itaúna I, II, Paulo Corrêa e União - ficam de mãos atadas com desabastecimento de medicamentos como amoxilina (anti-inflamatório), ranitidina (tratamento de úlcera, gastrite), cefalexina (anti-inflamatório), fluconasol (usado no tratamento de candidíase e outras micoses) e cremes vaginais.

 

Gerlean Brasil
Especial para o Repórter Parintins

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