Ministro da Saúde Nelson Teich pede demissão do governo Bolsonaro

Ministro da Saúde Nelson Teich pede demissão do governo Bolsonaro Foto: DivulgaçãoSecom/Susam Notícia do dia 15/05/2020

O ministro da Saúde Nelson Teich pediu demissão hoje do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A decisão ocorre um mês depois da demissão do também ministro da pasta Luiz Henrique Mandetta, no dia 16 de abril.

 

Um dos motivos para a demissão de Teich foi que ele não recomendava com o uso da cloroquina para o tratamento de pacientes que tenham contraído o coronavírus, como insiste o presidente Bolsonaro.

 

Uma coletiva de imprensa está agendada para acontecer nas próximas horas.

 

Manaus foi a primeira cidade a receber a visita do então ministro da Saúde, Nelson Teich. Logo que chegou à capital amazonense, no domingo (03/05) à noite, reuniu com o governador Wilson Lima (PSC) e na segunda-feira (04/05) conheceu a estrutura do Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, referência para casos graves de Covid-19 no Amazonas. Nelson Teich destacava o esforço em conjunto com o governo do Amazonas no combate ao Covid-19.

 

Na ocasião, a equipe do Governo Federal conheceu as estruturas da unidade, que está operando em sua capacidade plena de 350 leitos após os esforços do Governo do Estado em parceria com o Ministério da Saúde.

 

Desde que assumiu o cargo, Nelson Teich ficou cercado de militares, entre eles o general Eduardo Pazuello, que assumiu como secretário executivo. Bolsonaro deixava claro que não queria técnicos no MS, mas chegou a afirmar que isso só seria durante a pandemia do coronavírus.

 

De acordo com a GloboNews, o general Eduardo Pazuello já teria levado 12 militares e que teria mais 10 para assumir cargos no Ministério de Saúde.

 

Na terça-feira (12), contrariando as decisões do ministro da saúde, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que, se o Ministério da Saúde não tem normas prontas para garantir a reabertura de academias, salões de beleza e barbearias, então, que iria providenciá-las.

 

Na segunda-feira (11), disse a Folha de São Paulo, Bolsonaro publicou decreto incluindo esses três itens na lista de atividades essenciais. Ao ser questionado sobre isso em uma entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Nelson Teich, demonstrou surpresa. Com informações do UOL e da Folha de São Paulo.

 

Por Neudson Corrêa

 

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