Foto: Reprodução Internet
Notícia do dia 04/05/2020
Atualizada às 09h39min
Uma cena, antes, só vista em Manaus, em tempos de pandemia do novo coronavírus, se tornou realidade em Parintins. Famílias estão tendo que enterrar seus antes queridos pela parte da noite no cemitério São José, o único da cidade.
Na noite de ontem (3) uma imagem que circulou nas redes sociais mostra a realidade que vive o município que, segundo os dados fornecidos pela Prefeitura, por meio Secretaria de Saúde e pela Vigilância em Saúde, Parintins já registra 214 infectados pela Covid-19, com 16 óbitos. Nas primeiras horas da manhã de domingo (3) houve também sepultamento no cemitério São José.
De acordo com o administrador do cemitério, José Ribamar Roberto, com as constantes mortes pela Covid-19, os coveiros já estão antecipando a abertura de novas covas. Apesar de não haver mais espaço, uma área foi reservada para vítimas fatais do coronavírus.
O campo santo, onde estão enterrados mais de 60 mil corpos, há mais de 20 anos as famílias têm dificuldade para conseguir espaço no local. Em matéria para o jornalismo Alvorada, em 2018, o administrador também conhecido por Roberto na Área informava que os corpos são enterrados uns sobre os outros, no limite de três por cada cova.
Mapa laboratorial e epidemiológico
Em 44 dias, desde que a doença foi registrada na cidade e sendo o primeiro município no Amazonas a contar uma morte, mesmo que tenha ocorrida em Manaus, o mapa laboratorial e epidemiológico coloca Parintins como a terceira cidade em casos positivos e de mortes, atrás apenas de Manacapuru (com 551 casos e 33 mortes) e Manaus (4.072 casos e 396 mortes).
O que fazer diante de tamanha crise na saúde. As autoridades sanitárias, prefeito, Judiciário, Ministério Público, Defensoria e a segurança pública tentam de todas as formas unir forças para impedir que ocorra a disseminação da doença.
Porém, grande parte da população ainda não entendeu que um dos remédios eficazes para a prevenção é o cumprimento das medidas restritivas, entre elas o uso de máscaras, isolamento social, evitar aglomerações e permanecer em casa.
Texto: Neudson Corrêa
