Transporte fluvial funciona de forma regular entre Parintins e Vila Amazônia

Transporte fluvial funciona de forma regular entre Parintins e Vila Amazônia Fotos: Rander Silva Notícia do dia 21/03/2020

A pandemia do coronavírus não alterou a rotina dos moradores das comunidades rurais, principalmente do P.A. Vila Amazônia. O fluxo de passageiros nos barcos de recreio funciona de forma regular, como indicam as imagens capturadas por um colaborador do Repórter Parintins no início da tarde deste sábado (21).

 

Apesar das restrições impostas pelo Governo do Estado e Prefeitura de Parintins, com suspensão das aulas nas redes pública e privada, entre outras medidas para conter o avanço da covid-19, os ribeirinhos se mostram desnorteados, e as orientações ainda são tímidas por parte do poder público, com exceção daquelas divulgadas pela televisão, rádio e redes sociais.

 

Os comunitários acreditam que o vírus pode chegar no município, desde que o cidadão não siga as recomendações das autoridades, principalmente da saúde.

 

Cinco embarcações, tipo ferry boat, além de outros 20 pequenos barcos, operam regularmente em Vila Amazônia e Zé Açu, localidades que ficam cerca de 10 quilômetros da sede, Parintins.

 

Na região, com mais de 20 mil habitantes, formada por 60 comunidades, viajam diariamente um número incalculável de comunitários, com o fluxo maior no fim de semana.   

 

 

A autônoma Maria Edith, em companhia da filha adolescente de 17 anos, viajava hoje pela manhã à bordo de um ferry boat para levar mantimentos para os pais, que vão ficar em isolamento social.

 

Apesar de toda a precaução, ela disse que o pai vai ter que vir à cidade para retirar a aposentadoria. Porém, foi refutada pelo repórter para não deixar o pai ter contato com grandes aglomerações, como têm nas agências bancárias. Maria foi orientada a conseguir uma procuração para receber o dinheiro.  

 

A mesma atitude tomou Fernando de Souza que também foi até a Gleba Vila Amazônia levar rancho para os pais que moram no sítio há mais de 20 anos, mas que frequentemente viajam à cidade.

 

Um item indispensável nesse tempo de crise na saúde é o alimento, mas como não podem passar muito tempo no freezer, novas remessas devem ser feitas para manter os idosos longe do perigo de contágio do coronavírus.

 

A doença que teve origem na China, em dezembro do ano passado, já infectou mais de mil pessoas no Brasil, em 25 estados e no Distrito Federal. No mundo são mais de 275 mil pessoas infectadas.

 

Texto: Neudson Corrêa

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