Fotos: Repórter Parintins/Montagem
Notícia do dia 07/03/2020
Artigo assinado por Diego Amorim, do site Antagonista, publicado na tarde de ontem, destaca que o Festival de Parintins deste ano, de novo, está ameaçado por dívidas trabalhistas das duas agremiações folclóricas, as quais chama de “escolas” de boi-bumbá: Caprichoso e Garantido. A festa amazonense lembra muito o carnaval e acontece sempre no último fim de semana de junho.
Com contratações precárias e temporárias, Caprichoso e Garantido acumulam dívidas milionárias com a Justiça do Trabalho.
O site ressalta que, por determinação do juiz Izan Alves Miranda Filho, da Vara do Trabalho de Parintins, qualquer pagamento feito às duas agremiações (mais uma vez insiste com seu comentário sobre o termo “escolas”), será bloqueado para cumprimento de acordos. Os despachos (veja abaixo) são do último dia 17 de fevereiro.
Advogados envolvidos nos processos já levaram ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), a preocupação com o tema. Vários setores do local do espetáculo estão com ingressos esgotados. As informações são do site Antagonista.
A diretoria do boi Garantido, por meio da assessoria de comunicação, enviou um texto em que explica sobre a atual situação financeira do bumbá, e destaca que está tentando solucionar as pendências junto à Justiça Trabalhista.
O presidente Fábio Cardoso explica que, em 2018 e 2019, foram pagos cerca de R$ 1,3 milhão em acordos, sendo que ainda restam aproximadamente R$ 2,8 milhões a serem quitados na Vara do Trabalho.
Fábio ressalta ainda que o boi possui uma pendência de R$ 500 mil, por meio de processos que chegaram à Justiça Comum. “O Boi Garantido, mais uma vez, reitera sua disposição em encontrar soluções jurídicas para, em curto espaço de tempo, sanar suas obrigações”, comentou o presidente do Garantido.
Você confere a nota, na íntegra, emitida pela diretoria do Garantido:
Nota
A Associação Folclórica Boi-bumbá Garantido informa que, por meio de sua diretoria, tem tentado solucionar suas pendências junto à Justica do Trabalho. Em 2018 e 2019, foram pagos cerca de R$ 1,3 milhão em acordos na Vara do Trabalho de Parintins, sendo que ainda restam aproximadamente R$ 2,8 milhões a serem quitados. Outros processos que chegaram à Justiça Comum também demandaram recursos superiores a R$ 500 mil reais.
O Boi Garantido, mais uma vez, reitera sua disposição em encontrar soluções jurídicas para, em curto espaço de tempo, sanar suas obrigações.
Fábio Cardoso
Presidente do Boi Garantido
Matéria atualizada às 10h44min
O presidente do Boi Caprichoso, Jender Lobato, afirma que é sabedor das pendências que se arrastam há anos no bumbá, porém, junto com a diretoria está tentando, de todas as formas, sanar as dívidas. Por isso propôs a restruturação administrativa, fato que está sendo colocado em prática, gradativamente.
“A gente tem que ter muita responsabilidade de diminuir os débitos e até quem sabe, num futuro muito próximo, quitar os débitos (sic)”.
Jender Lobato ressalta que está assumindo as responsabilidades como gestor com muita atenção e tranquiliza os amantes do festival e os torcedores do azul e branco que esse assunto não vai atrapalhar a realização do festival folclórico nem tão pouco a apresentação do boi-bumbá Caprichoso, em 2020, na arena do Bumbódromo.
“A gente sabe que existem esses problemas, mas asseguro que as medidas necessárias já estão sendo tomadas para que a gente possa resolver essa situação. Eu asseguro que nós vamos resolver isso aí, e esse ano será um grande festival, e que isso não vai abalar em nada, absolutamente nada, a apresentação do boi-bumbá Caprichoso nesse ano de 2020”, comentou o presidente.
