Responsável pelo Anna Karoline III dá sua versão sobre o acidente

Os repórteres do jornal Diário do Amapá, Railana Pantoja e Jair Zemberg conseguiram entrevistar Paulo Simões, responsável do navio Anna Karoline III que deu sua versão sobre o acidente

Responsável pelo Anna Karoline III dá sua versão sobre o acidente Foto: Divulgação Notícia do dia 02/03/2020

Paulo Simões, responsável do navio Anna Karoline III, em entrevista para os repórteres Railana Pantoja e Jair Zemberg, do jornal Diário do Amapá, deu sua versão sobre o naufrágio que aconteceu na madrugada de sábado, 29/02. No acidente teriam morrido mais dez pessoas e cerca de 23 desaparecidos. Com informações do site Tribuna da Calha Norte.

 

Paulo disse que a tragédia poderia ter sido maior não fosse ajuda de duas embarcações na hora do naufrágio. Ele conta que era por volta das 4h30min da manhã quando uma embarcação pequena se aproximou para pegar encomendas, era o barco do senhor ‘Talegal’.

 

Neste momento formou uma tempestade e a embarcação não resistiu a força do vento e começou a adernar. “Quando ele atracou ao nosso lado, começou a formar um tempo forte, muito vento e o navio foi adernando e não teve como segurar, virou. A gente estava a uns 100m da margem e nós, tripulantes, a metade em cima do casco do navio nos salvamos, e os outros foram socorridos pela balsa Moça e mais uma embarcação de madeira, justamente a que estava ao lado do navio”, detalhou. 

 

“Foi muito rápido que formou mesmo o tempo, situação da natureza. Paramos pra deixar a encomenda para o conhecido ‘Talegal’, e logo após ele encostar começou, aí estourou os cabos do barquinho dele. Por sorte, pois foi justamente o barco que socorreu as pessoas, senão, até ele teria virado e acho que seria pior a tragédia”, falou.

 

“Teve gente que na hora que viu tombando, uns 3 ou 4, pularam logo pra dentro do barquinho dele. Aí o resto se salvou em balsa salva-vida, coletes e eu com mais uns 10 passageiros, ficamos em cima do casco do navio, pois ele virou de lado. O comandante da balsa Moça fez duas manobras e conseguiu pegar a gente lá”, completou.

 

Paulo Márcio garantiu que o navio só saiu do Porto de Santana após inspeção da Marinha.

 

“Quero esclarecer que nós só saímos do Porto de Santana após a autorização da Marinha, foi inspecionada e a Marinha liberou a embarcação. As pessoas comentaram que estava com muita carga; tava completa a carga do navio, tudo certinho, na marca d’água, inclusive viajamos 10h sem problemas, tudo legal”, finalizou.  

 

Fonte: Blog Santana do Amapá

 

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