Em tempo de coronavírus, alho vira o ouro da cozinha

Em tempo de coronavírus, alho vira o ouro da cozinha Foto: Repórter Parintins Notícia do dia 28/02/2020

A economia de Parintins já sente os efeitos da epidemia do novo coronavírus. O alho, por exemplo, cuja folha é comestível, usado como tempero e para fins medicinais, disparou de preço e está sendo considerado como o ouro da cozinha.

 

Até então um produto de baixo poder aquisitivo. Nesta semana, o valor do quilo da cabeça de alho surpreendeu as donas de casa. Em um dos supermercados da cidade o preço chegou a quase R$ 26,00, sendo que uma cabeça sai a R$ 6,00.

 

Como nunca na história da economia local, o alho pode ser considerado o vilão da cesta básica. Mas, tudo isso se deve aos efeitos da epidemia do novo coronavírus, que inclusive já chegou ao país. 

 

O produto que é usado para temperar a comida pode também destemperar a economia familiar.

 

Entre as suas funções reais, a planta ajuda a estimular as funções respiratórias graças às suas propriedades expectorantes e antissépticas que facilitam a respiração. Por isso, o alho pode ser usado para tratar gripes, tosse, resfriados, ronco, asma, bronquite e outros problemas pulmonares.      

 

Efeito do Coronavírus

O crescente contágio do coronavírus deixou sua marca nas Bolsas da América Latina mais uma vez nesta quinta-feira. No Brasil, o dólar chegou a bater 4,50 reais e fechou com um novo recorde, 4,47 reais.

 

O principal mercado financeiro do mundo, o dos EUA, se encaminha para ter a pior semana desde a crise de 2008. Enquanto as autoridades brasileiras monitoram 132 casos suspeitos da doença no Brasil, empresários tentam calcular o impacto da epidemia.

 

De acordo com informação do El País, cuja reportagem de Heloísa Mendonça explica que os efeitos já começaram nos setores de eletroeletrônicos e de turismo e eventos.

 

Senso e equilíbrio político

Acusado de disparar do próprio celular, pelo WhatsApp, um vídeo com uma convocação para as manifestações de 15 de março, organizadas por movimentos de extrema direita para defender o governo e protestar contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi advertido pelo senador amazonense Eduardo Braga (MDB).

 

Braga pediu bom senso e equilíbrio político para impulsionar a geração de renda e emprego no país. “Com mais de 12 milhões de desempregados, o que o Brasil precisa agora é de bom senso e equilíbrio político para a construção de caminhos que destravem a economia e impulsionem a geração de renda e emprego. Alimentar radicalismos, tensão entre os poderes e ataques ao Congresso é afrontar os interesses do povo brasileiro e sua liberdade democrática”.

 

Braga, que defende o Parlamento e a separação dos Poderes da República, disse ainda que alimentar radicalismos, tensão entre os poderes e ataques à democracia é afrontar aos interesses do povo brasileiro.

 

“Agredir o Congresso Nacional é agredir o equilíbrio institucional e a democracia. É o debate político no Parlamento que equaciona tensões e interesses contraditórios da sociedade. Mais do que legislar, cabe ao Congresso fiscalizar e controlar os atos do Executivo, coibindo eventuais abusos. É dever de todos, respeitar e garantir o pleno exercício do Legislativo”, disse Braga em sua conta no Facebook.

 

Símbolo autoritário

Um gesto que chamou a atenção nesta semana foi protagonizado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. O ex-juiz desfilou em cima de um Urutu, veículo militar do Exército, no perímetro externo da Penitenciária Federal da Papuda, em Brasília, na quarta-feira, 26.

 

Moro acompanhou os trabalhos da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), desencadeada desde o dia 7 no local. Ele estava ao lado do ministro da Defesa, Fernando Azevedo.

 

Manuela D’Ávila, ex-candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Fernando Haddad (PT), se manifestou nas redes sociais, contrária à atitude do ministro, que remete a símbolos do fascismo.

 

“Não é descuido. É um trabalho muito bem feito com símbolos, típico do fascismo e de outros regimes de mesmo tipo. Depois do presidente convocar um ato pelo fechamento do Congresso Nacional e do STF, Sérgio Moro desfila em cima de um Urutu, veículo militar do exército em pose de Salvador da Pátria. Nosso futuro, o futuro dos nossos filhos e filhas grita por uma resistência pacífica e ampla que una todos nós que prezamos pela democracia”.

 

Ameaça à economia

O decreto que fixa a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos concentrados de 4% para 8%, com prazo de validade que vai de 1º de junho a 30 de novembro de 2020, assinado pelo presidente Bolsonaro, voltou a ganhar destaque do senador Omar Aziz (PSD-AM). Aziz foi às redes sociais para dizer que o decreto é uma ameaça à economia de Manaus, e consequentemente a do Amazonas.

 

“É momento de unirmos forças para protegermos os empregos e o desenvolvimento sustentável da nossa região. Entendo que não há mais espaço para tanta insegurança jurídica que está posta para as indústrias que querem investir na Zona França de Manaus. Precisamos, juntos, defendermos os trabalhos e a economia do estado do Amazonas”.

 

Carnailha/Carnaboi 2020

O Carnailha/Carnaboi 2020 ganharia nota 10 não fosse a medida imposta pela MAP Passaredo que cancelou os voos para Parintins, nos dias 25, 26 e 27, exatamente no retorno dos turistas para suas cidades.

 

A Internet, fornecida por pelo menos quatro operadoras, não mereceu nota máxima. Este foi um dos serviços que mereceu atenção dos foliões e dos profissionais da imprensa. Tal serviço deixou claro que ainda vai precisar de ajustes para os eventos vindouros.

 

Quanto à fundamentação dos temas que os blocos carnavalescos levam para a Avenida do Samba, é um quesito que pega nota mínima. Os dirigentes não fornecem em tempo hábil o conteúdo textual para conhecimento dos profissionais de TV, rádio, sites e redes sociais, fato que se repete a cada ano.

 

Nem por isso deixou de merecer elogios por parte do prefeito da cidade, Bi Garcia (PSDB), que considerou o Carnailha como um sucesso total. Garcia afirmou que o grande evento cultural e turístico aquece a economia e gera oportunidade de emprego e renda para um número significativo de pessoas.

 

No mix Carnaboi, milhares de pessoas prestigiaram as apresentações de Caprichoso e Garantido, engrandecendo ainda mais o maior patrimônio do povo parintinense. “Foi um Carnaval tranquilo, repleto de muita alegria e descontração. Que venha 2021 e já deixo o convite para que todos possam participar desse que é o maior carnaval do interior do Amazonas”.

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