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Notícia do dia 11/01/2015
A oferta no número de vagas nas pré-escolas não acompanha o aumento constante da população de Parintins. Não existe creches suficientes para atender a demanda populacional e o ensino pré-escolar é deixado de lado e tratado sem qualquer prioridade. A secretária de educação do município, Eliane Melo, destaca que só haverá matrícula para maternal, no próximo dia 14, se houver vagas disponíveis. “Temos um cronograma, um calendário de matrículas a ser seguido. Mas para o maternal, só haverá matrícula se tivermos como alocar essas crianças. Se não tiver como, não tem como matricular”, afirma Eliane.
Constitucional
De acordo com a Constituição Federal de 1988, é de responsabilidade dos municípios o ensino pré-escolar e de ensino fundamental. Em Parintins, só existe uma creche pública que não funciona em prédio próprio. Muitas mães procuram os Centros Educacionais Infantis para maternal, mas não há vaga. A autônoma Maria das Graças Almeida destaca que o problema não é recente. “Tenho três filhos. Os dois mais velhos não consegui matricular e tenho medo de não conseguir com o terceiro. Não sei o que fazer se não tiver creche, pois meu marido e eu precisamos trabalhar pra sustentar os meninos. Deixo com minha mãe, mas seria melhor que tivesse na creche”, afirma.
Para o auxiliar de serviços gerais Adson da Silva Maia, a população de baixa renda é quem mais sofre com a ausência das creches. “Minha mulher e eu trabalhamos o dia inteiro. Temos uma filha que eu deixo com minha irmã, que também tem filho pequeno. Deixo com ela porque não tenho opção e não tenho como pagar uma creche. Seria bom se tivesse vaga para todas as crianças da cidade”, conclui.
João Carlos Siqueira- Repórter Parintins
