Insanidade Pública

Insanidade Pública Notícia do dia 09/01/2015

Nos últimos dias, Parintins acompanha de maneira incrédula a situação de calamidade que o Padre Colombo está. No entanto, não é apenas o Padre Colombo que clama por atenção das autoridades. O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Adolfo Lourido também beira à calamidade. A falta de investimentos em infraestrutura no prédio anexo ao outro grande hospital da cidade, Jofre Cohen, deixa os trabalhadores da área de saúde de mãos atadas.

Diante da complexidade de tratamento para pessoas com transtornos mentais, a condição vexatória das instalações do Caps seria inimaginável se a saúde estivesse sendo tratada com seriedade pelo Município e pelo Estado.

Percebe-se, então, que o descompromisso com a saúde da população é notório naqueles que agora pedem voto para ficar mais quatro anos no poder, e que daqui a dois anos, vão pedir para continuar a construir uma Parintins dos sonhos que se transforma cada vez mais em pesadelo para o povo parintinense.
 
O que ocorre no Padre Colombo e no Caps é um alerta para todos que, no próximo dia 05 de Outubro, decidirão o futuro de Parintins e do Estado do Amazonas. É necessário pautar a escolha levando em consideração tudo o que foi feito e não foi feito nos últimos quatro anos. Não se pode permitir que a saúde de Parintins continue sendo tratada desta maneira.

Chega a ser paradoxal que o local criado para cuidar de pacientes com problemas psiquiátricos esteja sendo tratado com essa loucura por parte do poder público. Espera-se que a insanidade pública não se transforme em calamidade pública.
Como via de regra, o povo que precisa do atendimento da maior referência em saúde na região do Baixo Amazonas é quem mais sofre com mais um exemplo de descaso do Poder Público.

Na última terça-feira (23), milhares de habitantes de Parintins ficaram aproximadamente sete horas sem energia elétrica em suas residências. Cumprindo horário de racionamento – o que já é um absurdo para a segunda maior população do estado – das 15h até as 16h30, os moradores dos bairros Palmares, Francesa, Santa Rita, entre outros, sofreram um novo apagão poucos instantes após o reestabelecimento no fornecimento, que, por sua vez, só normalizou por volta das 22h – com direito a nova interrupção durante a madrugada de quarta-feira (24).

 

Com uma estrutura da época da década de 1960 – quando Parintins nem sonhava em ter o tamanho que tem nos dias atuais – a Eletrobrás Amazonas Energia é o prestador de serviço que, provavelmente, mais causa transtornos à população de Parintins. Em 2014, já é a terceira vez que a cidade precisa passar por racionamento de energia graças à insuficiência de produção de energia elétrica – seja pela falta de óleo diesel ou sobrecarga nos motores da termoelétrica.

 

É repetitivo ressaltar o quanto é prejudicial à inconstância no fornecimento de energia elétrica. Na última semana, por exemplo, alunos da rede pública de ensino tiveram as aulas interrompidas em virtude do racionamento. Sem falar nos problemas relacionados ao comércio varejista, de um modo geral.

 

A situação é de calamidade! Não por acaso, houve protesto em frente à concessionária de energia cobrando melhores serviços. Vereadores como Juliano Petro Velho e Mateus Assayag já usaram a tribuna da Câmara para cobrar melhores serviços da Eletrobrás Amazonas Energia. A Prefeitura Municipal de Parintins também já cansou de cobrar melhoria no serviço que a antiga Ceam fornece à população. Parintins precisa de uma luz. Enquanto não aparece aquela que está no fim do túnel, a cidade se contenta com luz elétrica.

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