Vítima ou cúmplice?

Vítima ou cúmplice? Notícia do dia 09/01/2015

Durante a semana, uma placa na avenida Paraíba chamou a atenção de quem transitava por esta que é das vias mais movimentadas de Parintins. Entre as reclamações citadas, estava que as sessões da Câmara Municipal são, entre outras palavras, perda de tempo. Chama a atenção o fato que as pessoas estão reclamando de pessoas que elas elegeram. Ou seja, a reclamação é contra si mesmo.


Os mesmos eleitores que criticam os governantes são os mesmos que os elegem. Os mesmos eleitores que reclamam do abandono são aqueles que, durante a época da campanha, pedem um “agrado” dos candidatos para poder votar neles – e que também reclamam se o candidato afirma que não pretende comprar o seu voto. A negligência quanto ao voto se reflete diretamente no cotidiano de toda a população. Se a situação política de uma cidade é ruim, a culpa é da própria população que elege seus representantes.


Quem vende seu voto comete crime eleitoral, e, sobretudo, comete crime contra a cidade, o Estado e o país. Quem vende o voto não é vítima do abandono e da irresponsabilidade política: é cúmplice e tão culpado quanto o governante que elegeu. “Quem se vende é tão corrupto quanto quem compra”, diz uma autoridade local.


Neste dia 5 de outubro, o povo brasileiro tem a oportunidade de mais uma vez escolher seus representantes nas esferas estadual e federal, tanto do poder Legislativo quanto no Executivo. Neste domingo, é o momento de decidir se vale a pena trocar o voto por um prazer momentâneo e descompromisso por quatro anos ou se é momento de votar consciente e cobrar do seu representante durante o mandato. A escolha é sua!

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