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Notícia do dia 07/08/2019
A Polícia Militar em Parintins fez a apreensão de um aluno, do ensino médio, da Escola Estadual Senador João Bosco, Centro, que portava arma de fogo (simulacro), uma faca, um celular e uma munição suspeito também de planejar um atentado contra alunos e professores.
Após a presença dos militares na escola ocorreu uma reação de pânico em cadeia. Alunos apavorados passaram a ligar e enviar mensagens para seus familiares informando o que estava acontecendo. Os estudantes que estavam no pátio do educandário foram orientados a voltarem para as salas de aula.
O suspeito foi levado, segundo relatos de uma das mães, por telefone, para o banheiro da instituição aonde foi encontrado em sua mochila todo o material que seria utilizado na ação delituosa. “Os alunos tinham planos de atirarem contra alunos e professores (sic)”, relata a mãe, aflita, por telefone.
A informação sobre o suposto atentado e a ação dos militares chegou ao Repórter Parintins por meio de mensagens de áudio, via WhatsApp, enviadas por mães apavoradas ao saberem da grave notícia e o risco que seus filhos corriam.
A mãe, sem revelar o nome, confirmava que a polícia tinha apreendido dois alunos com uma arma de fogo e arma branca, tipo peixeira, e outros objetos.
A reportagem tentou contato com a direção da escola, mas o gestor não quis comentar o assunto. Professores, em aparente estado de tensão, também não quiseram falar, mas argumentavam entre si na saída dos alunos.
A reportagem esteve em frente à escola e pôde perceber que os educadores e os alunos estavam bastante tensos. Os alunos, ao se encontrarem com seus pais caíam em prantos. O que mais eles queriam era um carinho e ir para a casa, e esquecer esse dia triste para uma das mais conceituadas escolas do Estado do Amazonas.
Mesmo estudando ao lado da unidade prisional de Parintins, muitos dos quais que já até puderam acompanhar três das maiores rebeliões e fugas, confessam que nunca estão preparados para um fato como esse.
“A gente pensa que isso só acontece em cidades grandes ou em outros países, pelo contrário, nossas escolas estão vulneráveis e sujeitas a um problema dessa natureza”, disse uma aluna, que não terá o nome divulgado.
A coordenadora regional da Seduc em Parintins, Keyla Rodrigues, não atendeu as ligações para falar do procedimento que será tomado.
A informação sobre a presença de um aluno armado em sala de aula teria chegado ao conhecimento do gestor Sávio Araújo, por intermédio de uma mulher. Essa senhora que teria ido a uma panificadora, hoje pela manhã, ouviu um comentário entre outros clientes que havia um plano de que alunos cometeriam um atentado na Escola Senador João Bosco, local em que sua filha estuda.
A direção não duvidou e ligou para a polícia informando o caso. A ideia do professor era resolver de forma isolada, sem levantar alerde, mas a notícia se espalhou entre os mais de 300 alunos.
Devido a ação policial que resultou na apreensão de um aluno, não de dois como chegou ao conhecimento do Repórter, houve desmaios e pânico nas salas de aula. O fato só foi controlado por volta 9h40min. O menor apreendido já tem passagem pela polícia.
A mãe do adolescente, na Delegacia Interativa de Polícia, disse que o filho andava armado porque vivia sob constante ameaça.
