Altamira-PA registra rebelião com 52 mortes nesta segunda-feira, 29/07

A rebelião ocorre dois meses do segundo maior massacre em presídios de Manaus-AM

Altamira-PA registra rebelião com 52 mortes nesta segunda-feira, 29/07 Foto: Reprodução Internet Notícia do dia 29/07/2019

A região Norte do País registra mais um massacre em presídios. O fato ocorreu na manhã desta segunda-feira, 29, na cidade de Altamira, sudoeste do Pará, quando detentos do Centro de Recuperação Regional fizeram uma rebelião por cerca de cinco horas.

 

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 52 detentos foram mortos, sendo 16 deles decapitados e o restante asfixiado. Dois agentes penitenciários, que chegaram a ficar reféns, foram liberados.

 

Uma briga entre organizações criminosas provocou o motim. Segundo a Susipe, internos do bloco A, onde estão custodiados presos de uma organização criminal, invadiram o anexo onde estão internos de um grupo rival. A Superintendência ainda não identificou os grupos.

 

De acordo com o Portal de Notícias G1 Pará, posteriormente, a sala foi trancada e os presos atearam fogo no local. A fumaça invadiu o anexo e alguns detentos morreram por asfixia, de acordo com a Susipe. A ação começou às 7h e terminou por volta das 12h.

 

Na tarde desta segunda, 29, agentes da Segurança Pública do Pará viajam para Altamira, para acompanhar o caso. A unidade prisional tem capacidade para 200 detentos, mas era ocupado por 311 presos.

 

Outras rebeliões

O fato ocorre dois meses do segundo maior massacre registrado em presídios de Manaus. Na capital do Amazonas, no dia 26 de maio, 15 detentos morreram no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).

 

Na segunda-feira, 27, outros 40 detentos foram assassinados em quatro presídios diferentes. O motim começou no horário de visitas de familiares e foi motivado por conflitos entre organizações criminosas.  

 

Os casos remetem a 2017 quando uma sequência de ataques a unidades prisionais deixaram 118 mortos no Amazonas (59), Roraima (33) e Rio Grande do Norte (26).

 

Em 2017, as mortes ocorreram no Compaj e em outros dois presídios, Centro de Detenção Provisória Masculina (CDPM1) e Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).

 

Em Roraima, a rebelião ocorreu na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. No Rio Grande do Norte, as mortes foram registradas na Penitenciária Alcaçuz, em Nísia Floresta.

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