Sonho da retomada das obras do Linhão pode durar até 2021

Sonho da retomada das obras do Linhão pode durar até 2021 Foto: Divulgação Notícia do dia 05/04/2019

Com a homologação do Governo Federal através da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) do leilão para a contratação de projetos de transmissão de energia em dezembro do ano passado, espera-se que a extensão do Linhão de Tucuruí para Parintins se torne realidade.

 

A expectativa é que o projeto de rebaixamento chegasse ao município no ano passado pode perdurar até 2021.

 

O leilão efetivado que contempla a construção do LOTE 16, composto pelas instalações nos estados do Amazonas e Pará abrange os projetos LT 230 kV Oriximiná/Juruti, CD, C1 e C2, com 138 km (3,8 km de travessia do Rio Amazonas); LT 230 kV Juruti/Parintins, CD, C1 e C2, com 102 km (4,5 km de travessias de canais em Parintins) e Subestações (SEs), SE 500/230 kV Oriximiná com pátio novo 230 kV e transformação 500/230 kV - (6+1R) x 100 MVA; SE 230/138 kV Juruti - 2 x 50 MVA; - SE 230/138 kV Parintins - 2 x 100 MVA.

 

Para essa realidade acontecer, a Empresa Ambientare, responsável pela elaboração de estudos socioambientais da construção da Linha de Transmissão (LT) 230 kV Oriximiná/Juruti/Parintins e Subestações (SEs), vai iniciar a realização de estudos para que haja a liberação das obras de interligação de Parintins ao Sistema Interligado Nacional (SIN) através do Linhão de Tucuruí, por parte de órgãos regulamentadores do meio ambiente.

 

Como os moradores de Parintins, os munícipes de Juruti e Oriximiná vivem também essa expectativa das obras iniciarem até o final de 2019.

 

O agricultor Felipe Natividade, morador da comunidade da Ingracia – Juruti/PA, espera que enfim a extensão do Linhão se torne realidade.

 

“Parece até novela, iniciaram alguns trabalhos, mas depois a coisa desandou e agora novamente vem a promessa de termos uma energia de confiança”, declarou.

 

Diferente de Oriximiná e Juruti onde os trabalhos iniciaram e foram paralisados, em Parintins apenas as picadas (abertura da floresta) e levantamentos do solo, estudo da fauna e flora iniciaram, mas depois foram interrompidos por conta da falência da empresa Abengoa.

 

“Às vezes nem dá mais para acreditar que esse tal de linhão vai chegar. Foram muitos comentários e algumas reuniões sobre isso, mas não passou de mentiras, agora de novo estão comentando”, comentou o agricultor Antônio Gomes Muniz, morador da Gleba Vila Amazônia.

 

A expectativa da Aneel é que os projetos devem gerar R$ 13,17 bilhões em investimentos. São projetos para a construção, operação e manutenção de 7.152 quilômetros de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 14.819 mega-volt-amperes (MVA). Com informações da Aneel.

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

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