Pescado terá alta no preço na Semana Santa em Parintins

Pescado terá alta no preço na Semana Santa em Parintins Fotos: Fernando Cardoso Notícia do dia 05/04/2019

Na Semana Santa, os parintinenses não poderão comprar peixes regionais com preço justo em razão da escassez do produto neste período. A afirmação é de vendedores de pescados que asseguram dificuldades dos pescadores em capturar peixes no período da enchente.

 

O vendedor de pescado Alonso Silva, explica que o peixe que está sendo comercializado nas feiras em sua maioria é oriundo de São Sebastião do Uatumã e Silves.

 

“É pouco o pescado proveniente do município que chega nessa época do ano nas feiras, a maioria é de fora. Apenas o bodó vem do Macuricanã e apanha o ano todo”, explicou.

 

O feirante André Souza, também garantiu que está difícil conseguir pescado in natura por um preço acessível. Ele disse que particularmente não gosta de comercializar pescado congelado, prefere o peixe fresco.

 

“Tem pescado congelado, mas prefiro vender peixe fresco e garantir um produto bom para a minha freguesia. Tenho recebido peixe da região da Ilha das Onças, mas quando chega os colegas querem comprar, então repasso logo”, relatou.

 

Nas feiras de Parintins não existe uma tabela de preço definida para a comercialização do pescado. Peixes nobres como: tambaqui, tucunaré e matrinxã tiveram os valores do quilo reajustado entre R$ 12,00 e R$ 15,00, dependendo do tamanho.

 

Por exemplo, o quilo do Tambaqui (ruelo) é vendido a partir de R$ 10,00 tamanho médio e o grande e acima de 5,01 quilos custa R$ 15,00. 

 

O quilo do tucunaré é cobrado entre R$ 12,00 a R$ 14,00. O quilo da matrinxã oscila entre R$ 11,00 a R$ 15,00. O pirarucu embora a comercialização seja proibida, o quilo varia entre R$ 18,00 a R$ 20,00, mas deverá custar R$ 25,00 na Semana Santa.

 

Há expectativa dos vendedores de pescado que até o dia 15 de abril inicie a safra do Jaraqui, o que deve baixar o preço do quilo de outras espécies.

 

Na ciranda do preço do pescado, os consumidores têm optado por pechinchar para conseguir o produto mais em conta, maior e de melhor qualidade. 

 

Se comprado ao preço do quilo da carne, o preço do pescado é majorado em pelo menos 105%. A dona de casa Sidcley Ramos comentou que qualquer peixe está valendo ouro.

 

“É um garimpo meu irmão, só posso levar para casa duas aruanãs de R$ 8,00 o quilo, e olhe lá. Desse jeito aonde vamos parar, talvez no ovo com farinha”, satirizou.

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

 

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