Desde 2009, o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas em Parintins (IDAM/PIN), vem multiplicando a utilização da técnica da inseminação artificial através do médico veterinário Otacílio José Pessoa Ferreira Neto, o Neto Ferreira, e equipe do órgão estadual.
Em 2010, a inseminação artificial ganhou ampla repercussão na mídia local e estadual pelo nascimento da bezerra Caprichosa, o primeiro exemplar desse tipo de fertilização nascido do Programa de Melhoramento Genético do IDAM/PIN.
Neto Ferreira explica que o trabalho teve como finalidade pulverizar e democratizar a técnica de biotecnologias de melhoramento genético através de cursos, mostrando que é possível fazer em Parintins a inseminação artificial, que antes só era feita em algumas propriedades isoladas no município por técnicos vindos do Sul do País.
“Começamos com a inseminação convencional, seguida da fixa e agora a fertilização in vitro. Desde o nascimento da bezerra Caprichosa, essa técnica começou a ser bastante difundida e hoje já é usada rotineiramente em várias propriedades do município”, relatou.
Pelo feito, a Assembléia Legislativa do Amazonas (ALEAM), concedeu Moção de Aplausos e Parabenizações ao Governo do Amazonas, IDAM e Associação dos Pecuaristas de Parintins (APP).
A segunda conquista aconteceu no dia 20 de outubro de 2015, quando nasceu na fazenda Vovô Octacílio, no Parananema, a bezerra Caprichosa II, filha do touro holandês Oneshot e da vaca mestiça Pardo Suíça que fora adquirida por meio da Genética Aditiva MS.
Desde então, a técnica de inseminação foi avançando e recentemente nasceram duas bezerras gêmeas com a técnica da fertilização in vitro (a transferência de embrião).
“Esse trabalho do IDAM foi realizado em parceria com o Sebrae e a Empresa In Vitro do Brasil. Algumas experiências de transferência de embrião e fertilização in vitro começaram a ser desenvolvidas no município. Na nossa propriedade que é uma Unidade Demonstrativa do IDAM nasceram as duas bezerras”, explicou.
O médico veterinário do IDAM garante que com o resultado positivo obtido com o nascimento das bezerras os produtores parintinenses já podem seguir a reprodução in vitro, mas assegura que a inseminação artificial seria o caminho mais viável e depois pensar na transferência de embrião.
“O melhoramento do rebanho através da inseminação artificial é praticamente rotina no município e não é difícil porque existem representações das grandes centrais de inseminação em Manaus e Santarém, facilitando conseguir os produtos e desenvolver um trabalho dessa natureza aqui”, ressaltou.
Fernanco Cardoso | Repórter Parintins