Cabo da PM pode ser expulso da corporação

Policial parintinense está preso em batalhão militar em Santarém

Cabo da PM pode ser expulso da corporação Notícia do dia 09/02/2015

O Comando Geral da Polícia Militar do Amazonas vai abrir conselho de disciplina para avaliar a permanência do Cabo Vicente Oliveira na instituição. A informação é do comandante do 11º Batalhão PM, tenente coronel Valadares Júnior. O policial parintinense foi preso em flagrante no final do mês de janeiro em Juruti, no Estado do Pará, com carro roubado, e transferido para o quartel do 3º Batalhão da PM em Santarém no dia 30.

 

“Normalmente nesses casos ocorre expulsão. Tem de ser todo procedimento. O conselho de disciplina leva de 40 a 60 dias para ser feito. Deve ser designado um oficial para comandar o processo, um relator e um escrivão. Do batalhão podem pedir fichas que chamamos de A e B onde mostra o comportamento do PM, as punições ao longo da carreira, os elogios”, destaca Valadares Júnior, que considera o caso do Cabo Vicente grave.

 

 

Valadares Júnior lembra que Vicente Oliveira estava de licença especial do 11º Batalhão da PM desde o dia 1º de janeiro pelo período de três meses. “É dada ao servidor público a cada cinco anos. Ele cometeu uma transgressão disciplinar, mesmo de férias, para viajar a outro Estado, deveria comunicar o comandante da corporação para submetermos ao comando superior. O Comando Geral da PM publica a autorização no nosso boletim diário”, explica.

 

Vicente Oliveira será submetido ao conselho disciplinar porque tem estabilidade na PM, com mais de 10 anos na corporação. Segundo o comandante da PM, como está configurado o flagrante, o relatório final deve indicar a saída da instituição. “Se fosse antes dos 10 anos, seria aberta uma sindicância disciplinar”, pontua Valadares Júnior. O Comando Geral deverá solicitar o inquérito policial instaurado pela Polícia Civil do Estado do Pará sobre caso do PM parintinense que aguarda julgamento.

 

Como aconteceu

A polícia de Juruti prendeu o policial em flagrante na comunidade Galileia, no limite do Pará com o Amazonas, no planalto da Vila Amazônia. Ele estava acompanhado pelo cidadão Yasken Rocha. Um rio corta a região. Ambos atravessavam um carro Pálio para o outro lado da margem em uma jangada quando a policial chegou ao local. O sargento da PM de Juruti, Pereira, informou que a detenção dos acusados, após denúncia de um morador da zona rural.

 

“Os cidadãos se identificaram como oficiais de justiça e diziam que o carro de um senhor tinha mandado de busca e apreensão. Ele não quis entregar e passou a receber ameaças com duas armas de fogo. Como ele estava sozinho com esposa e uma filha, resolveu entregar. De imediato, ligou o irmão e comunicou o fato. Seguimos em diligência e a única saída era pela Galileia. Quando chegamos, já haviam atravessado uma S10 branca”, relatou.

 

Nesse momento, os policiais envolvidos na operação deram voz de prisão ao cabo Vicente com Yasken Rocha. Outros dois suspeitos fugiram na caminhonete do cerco da polícia de Juruti. “Eles foram à outra comunidade tentar aplicar o mesmo golpe. Lá, a família se reuniu e os botou para correr. O Vicente tentou me oferecer suborno para aliviar a barra”, contou o Sargento Pereira. Desde 2014, a polícia apreendeu 17 carros em Juruti, principalmente modelo caminhonete.

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