Coleta do lixo hospitalar com as próprias mãos põe risco garis em Parintins

Coleta do lixo hospitalar com as próprias mãos põe risco garis em Parintins Foto: Arquivo RP Notícia do dia 12/02/2019

A coleta inadequada do lixo hospitalar em Parintins põe em risco a saúde dos garis que realizam o recolhimento dos restos de materiais de curativos, das cirurgias dos centros cirúrgicos e até membros do corpo humano amputados, além de placentas e fetos, muitas das vezes com sangue.

 

De acordo com um servidor da coleta do lixo, que prefere não ser identificado, os materiais dos hospitais e das unidades básicas de saúde que vão para o lixo, são transportados em uma caçamba aberta de caminhão e não há a utilização de carros coletores apropriados para os materiais infectantes.

 

O denunciante informou que apesar do lixo descartado dos hospitais ser depositado em coletor próprio, os garis não têm outra opção a não ser meter a mão nos dejetos para pegar as sacolas e jogar na caçamba do caminhão.

 

“A gente manuseia esse lixo com as próprias mãos. Antes tinha um carro coletor próprio e usado somente para a retirada do lixo dos hospitais. Como tem um depósito apropriado em cada hospital, o próprio carro coletor engata nesse depósito e joga pra dentro do carro, sem ser necessário a gente meter a mão. Mas, não tem mais esse carro”, explicou.

 

Ele afirma que apesar de usarem luvas protetoras de pano, geralmente essas luvas ficam molhadas com líquido do lixo hospitalar, entram em contato com a pele e podem contaminar os trabalhadores. Segundo ele, há meses que a coleta do lixo, tanto do hospitalar com o domiciliar, vem sendo realizado por caçamba.

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