O presidiário José Andrade dos Santos, 27, ao prestar depoimento ao delegado da Polícia Civil de Parintins, Adilson Cunha, na noite de quinta-feira, 6 de dezembro, voltou atrás e afirmou que, na verdade, mentiu para a imprensa no momento em que foi recolhido na Delegacia de que foi obrigado a empreender fuga da Unidade Prisional de Parintins para não sofrer agressão física e até uma possível tentativa de homicídios pelos seus colegas de cela.
José Andrade cumpre pena por tentativa de homicídios ontra a própria esposa e tentou fugir do presidio local na manhã de quinta-feira, 6 de dezembro, subindo no telhado da cozinha, sendo que uma das telhas quebrou e o fugitivo caiu em cima do fogão utilizado para o preparo da comida dos detentos e foi logo capturado pela guarnição.
Ao ser conduzido para a Delegacia de Policia Civil para os procedimentos de abertura de inquérito, José falou para a imprensa que teria tentado a fuga pelo fato de está sendo ameaçado por colegas de cela por dívida com os 'xerifes do tráfico de drogas'.
De acordo com o investigador da PC, José Maria Castro, José Andrade já é um conhecido da polícia por inventar estórias toda vez que ele é preso.
“Nessa tentativa de fuga dele não foi diferente. Sabemos que o José Andrade é uma pessoa de alta periculosidade. Já ateou fogo na casa do próprio sogro com perda total, esfaqueou toda a mulher dele e por isso responde por essa tentativa de homicídio, tem alguns assaltos, tem alguns furtos. Então, o currículo desse cidadão é de alta periculosidade para sociedade”, afirmou Castro.
“Na hora que foi preso (José Andrade) justificou que estava fugindo dos colegas de cela que estavam tentando contra a vida dele. Disse que estava sendo ameaçado, uma justificativa que depois ele voltou atrás e realmente assumiu que teria tentado a fuga, uma fuga que não deu certo e tentou justificar dizendo que estava sendo ameaçado. Prestou depoimento ao delegado e foi descartada a versão de ameaça pelos colegas de cela”, disse o investigador.
Para esclarecer os fatos, o Poder Judiciário de Parintins pediu a abertura de inquérito.
“O juiz já pediu o inquérito policial que está em fase de conclusão pelo delegado. Serão ouvidas outras pessoas também, para que na conclusão do inquérito, não tenha nenhuma dúvida sobre o que aconteceu dentro do presídio no momento da tentativa de fuga”, esclareceu. Saiba mais sobre o assunto abaixo:
Marcondes Maciel | Repórter Parintins
ACERTO DO TRÁFICO NO PRESÍDIO DE PARINTINS QUASE ACABA EM MAIS UM HOMICÍDIO