Mostra de Libras aborda universo das pessoas com deficiência auditiva

Mostra de Libras aborda universo das pessoas com deficiência auditiva Foto: Adriana Magalhães Notícia do dia 12/09/2018

Em comemoração ao Setembro Azul, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) através do Núcleo de Acessibilidade as Pessoas com Deficiência (NUPIN) promove de 26 a 29 de setembro a 1ª Mostra Cientifica e Cultural em Língua de Sinais em parceria com e Associação dos Surdos de Parintins (ASPIN).

 

O evento é a busca pela oportunidade de uma forma linguística, cultural, científica e artística no universo das pessoas com deficiência auditiva, para promover contato direto com estudantes que dominam os sinais de libras e a comunidade acadêmica local.

 

A mostra coordenada pelo professor Marlon Jorge da Silva de Azevedo, deficiente auditivo, foi pensada e organizada em conjunto com todo o colegiado do Centro de Estudos Superiores de Parintins (CESP).

 

O educador explica que a mostra é uma forma de inclusão com a sociedade em geral, para que conheça a língua de sinais, a comunidade surda e suas necessidades.

 

“O Setembro Azul é realizado a nível mundial comemorado no dia 26 de setembro e a três anos promovemos esse evento para que a sociedade saiba que temos surdos em nossa cidade, que é uma comunidade grande, que somos iguais a qualquer ser humano, que trabalhamos e também temos necessidades e consumimos”, explicou.

 

A programação do evento contará com a regulamentação do Projeto de Lei da Língua de Sinais no Município de Parintins, no dia 26, as 9h na Câmara Municipal, com o Seminário de abertura com o tema “Cultura Surda Parintinense e Legislação de Libras” as 19h no auditório do CESP, Exposição com mostra de trabalho dos acadêmicos e Show Surdo de Libras com professores surdos da UFAM e Seduc Manaus no auditório do CESP a partir das 19h do dia 28 de setembro.

 

As diferenças no processo de aprendizado entre português e língua brasileira de sinais são obstáculos adicionais para acesso de surdos ao ensino superior convencional.

 

Apesar de não ser de conhecimento geral, pessoas com deficiência auditiva não sabem, necessariamente, ler e escrever na Língua Portuguesa.

 

Para ganhar conhecimento, um aluno de uma universidade tem que conseguir ler e escrever. De acordo com a legislação vigente, o sistema educacional brasileiro deve garantir a inclusão de pessoas com deficiência em todos os níveis.

 

Na educação básica, as escolas devem ser inclusivas e alunos com deficiência devem frequentar o mesmo espaço e as mesmas aulas que todos os outros estudantes. Cabe às escolas garantir a inclusão, com todos os instrumentos necessários para tanto.

 

O Programa de Pós-Graduação em Linguística também pretende implantar um processo seletivo diferenciado, neste caso exclusivamente para surdos. O processo é difícil, mas não é impossível.

 

A presença, em sala de aula e em outros ambientes educacionais, do tradutor e do intérprete da Língua Brasileira de Sinais é importante para que os alunos surdos usuários da Libras tenham acesso aos conteúdos escolares, contribuindo para a melhoria do atendimento e o respeito à diversidade linguística e sociocultural dos alunos surdos de nosso país. 

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

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