Após derrota, Amazonino muda estratégia e deve ceder nos vetos

Após derrota, Amazonino muda estratégia e deve ceder nos vetos Foto: Divulgação Notícia do dia 19/02/2018

Após  sofrer derrota no  início de fevereiro e desagradar até deputados da base, o Governo do Estado avaliou que insistir em queda de braço com a oposição para manter os vetos do  governador  Amazonino Mendes (PDT)  pode ser desperdício de energia  e causa de maiores danos ao Executivo.

 

A oposição na Assembleia Legislativa  do Estado  do  Amazonas (ALE-AM) é liderada pelo  presidente da Casa, David Almeida (PSD). O parlamentar é pré-candidato ao Governo do Estado e tem protagonizado duelo  político com o governador Amazonino Mendes desde o final da campanha  da eleição suplementar de 2017.

 

Esta semana, a ALE-AM deve colocar  para votação em massa uma série de vetos que foram enviados pelo Governo durante  o recesso. Os últimos  devem ser devolvidos pelos relatores  ainda nesta  segunda-feira, dia 19.

 

O primeiro  a  ser  derrubado, no dia 8 de fevereiro, teve placar de 13 votos a cinco. Na ocasião, a oposição disse que planejava derrotas ainda mais constrangedoras ao Governo.

 

O reforço nesta convicção veio de deputados da própria base que também receberam vetos em projetos de autoria deles aprovados na ALE-AM e se irritaram com o Governo.

 

Parlamentares da base  e da oposição avaliaram, com consultoria jurídica, os vetos. Entenderam que alguns são  “completamente descabidos” por não terem fundamento legal. Estão certos que estes serão todos derrubados.

 

Outros projetos se justificam por “vício de iniciativa”, ou seja, os parlamentarem cometeram erros ao construir o projeto de lei e  esses devem ter os vetos mantidos.

 

PM-AM

O  projeto que  amplia a chance  de  ingresso na Polícia Militar do Amazonas  (PM-AM) é um dos que o  Governo não quer abrir mão de manter o veto  e a base deve ser orientada pelo Executivo a tentar evitar a aprovação.

 

A projeto é do deputado estadual Platiny Soares (DEM), aliado de David Almeida, e amplia a idade máxima para se tornar membro da PM. O Governo avalia que o projeto não é bom para a previdência do Estado porque dá a chance de militares se aposentarem com pouco tempo  de serviço.

 

As votações na ALE-AM ocorrem às quarta-feiras.

 

Rosiene Carvalho | Brasil Norte Comunicação – BNC Amazonas

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