Casos suspeitos de meningite em Parintins deixam autoridades em alerta

Casos suspeitos de meningite em Parintins deixam autoridades em alerta Foto: Fernando Cardoso Notícia do dia 01/12/2017

Três casos suspeito de meningite em uma semana levaram as autoridades em saúde e a Vigilância Epidemiológica ficarem de alerta para afastar a possibilidade de um surto da doença.

Na terça-feira (28), uma menina de oito anos deu entrada no Hospital Jofre Cohen com sintômas de meningite. Rapidamente todo o procedimento de controle foi feito para evitar qualquer contagio com os outros pacientes, inclusive, com isolamento da garota.

 

Na quarta-feira (29), uma anciã de 74 anos também deu entrada na unidade hospitalar apresentando sintômas idênticos da doença, ela foi submetida ao tratamento com antibióticos e apresentou melhora.

 

Por volta das 10h30 da manhã desta sexta-feira (31), uma mulher de 33 anos, moradora da zona rural deu entrada no Hospital Padre Colombo com sintômas de rigidez na nuca e dor na garganta, o que levou o médico plantonista Edbrunner Machado pedir o isolamento da paciente e depois a coleta do sangue para o exame de sorologia.

 

Todos as pessoas que procuraram a unidade de saúde para realização de exames, atendimento na emergência tiveram que usar máscara higiênicas para proteção de bactérias da doença.

 

A coordenador da Vigilância Epidemiológica de Parintins, Elaine Pires, confirmou os casos suspeitos, explicando que o paciente dá entrada na unidade de saúde, o médico suspeita de acordo com a sintomatologia é colhida a sorologia, em seguida encaminhada para o Laboratório Central do Amazonas (Lacen), em Manaus.

 

“Dependente ou não do resultado positivo ou negativo, o médico submete ao paciente com o antibióticoterapia, com o controle e se for necessário entrar com a quioprofilaquicia também”, informou.

 

Elaine informou que no município existe um histórico de meningite bacteriana, mas não pode afirmar que o caso seja a doença pelo fato de ainda não ter em mãos o resultado do exame que deve sair na segunda-feira (04).

 

“Temos esse histórico de meningite bacteriana e meningite viral, ou seja, menos perigosas que a meningite meningocócica, já que faz oito anos que a gente não tem”, declarou.

 

Elaine explicou que casos de meningite acontecem em períodos sazonais, causadas por microrganismos, bactérias, fungos e vírus que são encontrados em locais insalubres e por falta de higiene.

 

“Em locais úmidos, fechados, sem ventilação e sujo. Geralmente nesses locais onde a gente faz a investigação quando vai ver os domicílios dessas pessoas que estão com suspeitas se apresentam dessa forma”, comentou.

 

Elaine Pires alerta que em Parintins existem inúmeros ambientes que são propícios para desenvolver a meningite. “Na verdade em todo o município a população é predisposta, o que nos preserva e nos conserva que não tenhamos meningite é que nós somos imunizados. Mas, os microrganismos patogênicos estão no ar, no solo, na parede de nossas casas. O ambiente terrestre ele é dotado de fungos e vírus, claro que pessoas predispostas, de baixa imunidade, que não se alimentam, não são imunizadas, acabam sendo uma porta aberta para desenvolver a doença”, explicou.

 

A meningite é uma inflamação das membranas que cobrem o cérebro, ou comprometimento do tecido cerebral, causada por vírus, bactérias, fungos ou protozoários.

 

Os sintomas são: febre, dor de cabeça forte e constante, rigidez ou dor no pescoço, náuseas e vômitos, manchas vermelhas pequenas ou grandes na pele, podem ser sinal de gravidade.

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

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