Maildson não convence ao tentar se explicar sobre o caso da gasolina

Maildson não convence ao tentar se explicar sobre o caso da gasolina Foto: Marcondes Maciel Notícia do dia 24/11/2017

Em uma entrevista cheia de contradições dos fatos no release oficial da Câmara Municipal de Parintins (CMP), o presidente Maildson Fonseca (PSDB) tentou se explicar sobre a autorização de 1.400 litros de gasolina pagos com dinheiro da CMP no período de 8 a 17 de novembro para seis vereadores. 

 

Na matéria publicada pela assessoria de imprensa da Câmara Municipal, Maildson diz que as informações contidas no texto jornalístico publicado no site Repórter Parintins em 20 de novembro são infundadas, porém todas as informações foram baseadas nas seis portarias publicadas no Diário Oficial dos Municípios onde são autorizadas por Fonseca 200 litros de gasolina para cada vereador. 

 

Em um dos parágrafos diz: “Esclareceu que cada vereador tem direito de receber 200 (duzentos) litros de gasolina”.

 

Ele só não deixou claro o porquê de se publicar no Diário Oficial a liberação do combustível e porque justificar o auxílio combustível com  a palavra CONCEDER  200 litros de gasolina tendo de explicar a necessidade da gasolina para uma viagem à zona rural do município por cada vereador. 

 

Em outro trecho a publicação oficial da CMP diz: “Ainda recortaram do Diário Oficial dos Municípios e disseram que eu recebi 200 litros de gasolina para ir ao Mocambo e mais 200 litros de gasolina para ir Caburi”. 

 

Cabe ressaltar que a fonte do Repórter Parintins foram as portarias publicadas no Diário Oficial e mesmo a matéria ser devidamente fundamentada o presidente da Câmara tenta confundir a opinião pública. 

 

Na portaria 291 CMP de 10 de novembro de 2017, consta “Designar o vereador para viajar à zona rural do município (Distrito do Mocambo do Arari-Am)” e “conceder 200 litros de gasolina para os trechos: Parintins/Mocambo/Parintins. 

 

Na portaria 295 CMP, de 10 de novembro de 2017, consta: “Designa vereador para viajar à zona rural do município (Agrovila do Caburi-Am) e “Concede 200 litros de gasolina Comum para os trechos: Parintins/Caburi/Parintins”. 

 

Nas duas portarias que autorizaram a gasolina para o presidente da Câmara Municipal Maildson Fonseca, acima citadas, fica evidente que no mesmo dia foram liberados 400 litros de gasolina para o presidente e para duas visitas à zona rural, sendo uma para o Mocambo e outra para o Caburi. Portanto, Maildson Fonseca nega as informações do Diário Oficial. 

 

Em outro parágrafo o texto da assessoria de imprensa de Maildson diz: “Era só eles verificarem direito as Portarias para ver que eu apenas fui para o Mocambo com 100 litros de gasolina, paguei até 100 litros com o meu próprio dinheiro e foi publicada uma errata”, relatou Fonseca. 

 

Vale salientar que a errata a qual se refere o nobre vereador foi publicada no Diário Oficial dos Municípios no dia 22 de novembro de 2017, dois dias depois da publicação da matéria no site Repórter Parintins e 12 dias depois da publicação da Portaria 295 CMP.

 

Na errata consta o seguinte texto: “Retifica: Portaria N°295 CMP, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2017, onde designou o Vereador Presidente Maildson Araújo Fonseca para viajar à zona Rural do Município (Agrovila do Caburi – AM). Onde se lê: Conceder 200 litros de Gasolina Comum para os trechos: Parintins/Caburi/Parintins. Leia-se: Sem concessão de gasolina”.

 

Fica bem claro que o nobre parlamentar mais uma vez se engana quando diz que “Era só eles verificarem direito as Portarias para ver que eu apenas fui para o Mocambo com 100 litros de gasolina, paguei até 100 litros com o meu próprio dinheiro e foi publicada uma errata”. 

 

Como a reportagem poderia chegar a uma informação publicada no dia 22 de novembro no Diário Oficial se a matéria mostrando o consumo de gasolina em viagens ao interior pelos vereadores foi publicada no site Repórter Parintins no dia 20 de novembro. É no mínimo uma incoerência do professor vereador que tem contrato de exclusividade com a Universidade do Estado do Amazonas (Centro de Estudo Superiores de Parintins). 

 

No parágrafo final das citações de Maildson Fonseca ele tenta insinuar que a empresa Repórter Parintins teria recebido da CMP em 2013 R$ 22.500,00, como se esse fosse o pagamento somente a empresa. Neste caso, o presidente se fez de desentendido e novamente tentou confundir a opinião pública. Ele só não deixou claro que a empresa ganhou uma concorrência legal e legítima e que nos termos do contrato o montante de recursos financeiros era repassado para as empresas de comunicação que prestavam serviços para a Câmara Municipal, como bem lembrou o proprietário da Rádio Clube de Parintins, Enéas Gonçalves, em correção ao argumento de Maildson em sua entrevista no programa Cartão Amarelo, na manhã de quinta-feira, 23 de novembro.

 

A reportagem tentou ouvir o presidente Maildson Fonseca no encerramento do ato de inauguração do novo prédio da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) “Polo Zeca Pontes”, na manhã de sexta-feira, 24 de novembro. Fonseca se recusou a conceder entrevista e evitou tecer qualquer comentário sobre o assunto.

 

Da Redação

Um ponto em especial deve ser destacado. A equipe do Repórter Parintins segue os preceitos de uma imprensa que investiga, analisa, critica, denuncia, informa, noticia e defende a liberdade de expressão e de imprensa, além do desempenho profissional do jornalismo. E, acima de tudo, cumpre o exercício sereno e firme do bom jornalismo. Não toleramos qualquer tentativa de desqualificar e desmoralizar a produção profissional de informação.

 

Marcondes Maciel | Repórter Parintins

 

 

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