Garantido defendeu o tema "folclore e resistência cultural" na segunda noite

“O lamento de raça”, do compositor e ex-amo do Garantido Emerson Maia, foi entoada na voz do levantador de toadas Sebastião Júnior

Garantido defendeu o tema Foto: Igor de Souza Notícia do dia 02/07/2017

O boi Garantido mostrou superioridade em relação a primeira noite de apresentação e desenvolveu no sábado, 1º de julho, o subtema “Folclore e resistência cultural”, para evidenciar que folclore reflete a alma de um povo e sua identidade cultural.

 

O Garantido fez uma apelo pela resistência da vida demonstrada na toada “O lamento de raça”, do compositor e ex-amo do Garantido Emerson Maia. A interpretação foi do levantador de toadas oficial Sebastião Júnior.

 

Na arena do bumbódromo os organizadores do bumbá primaram por um conjunto folclórico compacto, leve em uma verdadeira brincadeira de boi-bumbá. No primeiro ato a evolução do pajé André Nascimento conduziu o espetáculo folclórico amazônico.

 

A resistência pela vida humana esteve presente na dança folclórica de todas as tribos indígenas na arena, um alerta pela manutenção da tradição do folclore Parintins.

 

Na Amazônia essa identidade foi construída a custo da resistência dos povos da floresta que sofreram a violência da colonização, mas souberam manter viva a essência da vida humana, através da resistência, principalmente dos povos indígenas.

 

Espetáculo

Raça e emoção. Essas duas palavras da toada vermelha e branca traduzem bem o inicio da segunda apresentação do Boi-Bumbá Garantido no 52° Festival Folclórico de Parintins.

 

Galera e o apresentador Israel Paulain protagonizaram o momento mais eufórico do espetáculo.

 

O momento alegórico apresentou a figura típica "Caboclo Ribeirinho", dando destaque para o pescador amazônida que mora à beira dos rios.

 

A grandiosa alegoria trouxe a rainha do folclore, Isabelle Nogueira, personificada na entidade Yara, mãe d`agua. Com uma calda de sereia, Isabelle se transformou na realeza da festa.

 

A cunhã-poranga Raissa Bandeira deu uma reviravolta e mostrou superioridade em sua evolução. Com trajes que encobriam apenas metade do corpo, sendo a parte principal confeccionada com pele de cobra, a mulher mais bonita da aldeia contagiou o publico.

 

Marcondes Maciel | Repórter Parintins

 

 

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