Representantes do setor de fruticultura do Brasil discutem potencial econômico no Amazonas na Fieam

Realizado pelo governo do Estado, debate reuniu empresários do ramo e faz parte das discussões da nova matriz econômica

Representantes do setor de fruticultura do Brasil discutem potencial econômico no Amazonas na Fieam Foto: Érico Xavier/FAPEAM Notícia do dia 08/10/2016

Uma reunião para tratar da agenda estratégica para o desenvolvimento econômico da fruticultura no Amazonas ocorreu na manhã desta sexta-feira (07), no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), no Centro de Manaus, e reuniu vários representantes do setor de fruticultura do Brasil.

 

A Agenda Estratégica tem o objetivo de orientar as ações prioritárias que deverão ser realizadas no âmbito da sua nova matriz econômica ambiental com ênfase, principalmente, nos mercados de exportação e de insumos para a bioindústria, com ações que tem por finalidade alavancar este potencial setor para a economia do Estado.

 

Participaram da mesa de abertura o titular da Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplan-CTI), Thomaz Nogueira, o vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, o representante do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Alfredo Lopes, o presidente da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), Evandro Geber e o titular da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), Sidney Leite.

 

Na ocasião, o secretário da Seplan-CTI – instituição organizadora da reunião - Thomaz Nogueira, falou da importância de desenvolver uma matriz para a economia do Amazonas, com o propósito de aumentar as oportunidades no interior do Estado. “O Polo Industrial de Manaus iniciou em 1968, em um local pequeno, e hoje ele é o 3º maior PIB do Brasil. Então, eu acredito que a partir desse esforço que estamos fazendo para desenvolver essa nova matriz, nós conseguiremos gerar resultados concretos para a economia do nosso Estado, em diversos setores, como por exemplo, no setor de fruticultura, que é o foco desse encontro”, disse Nogueira.

 

Palestras - Logo após a mesa de abertura, iniciaram as palestras com convidados de empresas dos Estados do Ceará e Pernambuco. O primeiro palestrante da manhã foi o diretor-técnico do Instituto Frutal do Ceará, Antônio Erildo Pontes, com a palestra “Gestão e Sustentabilidade da Comercialização de Frutas Tropicais”.

 

Para ele, o Amazonas é um grande potencial no setor de fruticultura, principalmente por possuir frutas específicas da região. “Aqui no Amazonas existe algumas fruteiras que não são encontradas em outros locais do país, como por exemplo, o camu-camu e o araçá-boi. Dessa forma, há uma oferta de produtos diferentes para o mercado, que o Governo está organizando para que sejam conhecidos e comercializados, e esse encontro vem ser mais um passo que estamos dando para isso”, afirmou Erildo.

 

Segundo o representante da empresa pernambucana Valexport, Josué de Brito, que abordou sobre o acesso ao mercado internacional de frutas, o Amazonas deve, ainda, se apropriar de técnicas que possam potencializar sua produção. “O mercado está, sem sombra de dúvidas, pronto a receber o que esse rico Estado tem a ofertar. O que precisa ser feito é o que exatamente discutimos aqui, um plano estratégico para alavancar a economia do Estado no setor ambiental, e essa nova matriz vem para ajudar e muito a potencializarmos isso”, ressaltou.

 

A manhã de debates e palestras encerrou com a apresentação de uma ferramenta que contribui na melhoria do trabalho do fruticultor: a embalagem de isopor com lâminas antimicrobianas que protegem as frutas ao serem exportadas. O produto foi exposto pelo representante da empresa Termotécnica de Pernambuco, que tem uma filial no Amazonas, Everaldo Santos.

 

“Nós descobrimos a existência de microrganismos que trabalham mesmo submetidos à baixa temperatura. Então, desenvolvemos a nanotecnologia dentro da embalagem de isopor, em que são colocados os princípios ativos que combatem os fungos e as bactérias que apodrecem as frutas. Essa embalagem tem um custo um pouco mais elevado que a embalagem usual, porém, o seu custo final é muito menor, pois as frutas terão um tempo de duração para consumo maior que as exportadas em caixas comuns”, explicou Everaldo.

 

FOTO: ÉRICO XAVIER/FAPEAM

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