Joilto Azêdo diz não ter dinheiro para mudança no regulamento do festival

Joilto Azêdo diz não ter dinheiro para mudança no regulamento do festival Foto: Arquivo JRP Notícia do dia 10/05/2016

A diretoria do boi Caprichoso pretende “empurrar com a barriga” a possibilidade de reformulação do regulamento do Festival Folclórico de Parintins para 2016.  No ofício 001/2016, protocolado na Secretaria de Estado da Cultura (SEC), em 7 de abril de 2016, o presidente Joilto Azêdo alegou dificuldades financeiras para não participar de reuniões de revisão do regulamento para a disputa de Caprichoso e Garantido em 2016.  


A iniciativa de corrigir as falhas no regulamento do festival partiu da diretoria do boi Garantido, após o episódio de divulgação de gravações telefônicas revelando prováveis articulações de compra de jurados no festival de 2015. 

 
De acordo com o ofício, o boi Caprichoso se compromete em formar uma comissão a fim de receber, elaborar e discutir propostas para possível mudança nas regras que regem o festival, entretanto, obstáculos logísticos e principalmente financeiros inviabilizam momentaneamente esse objetivo.  


Joilto Azêdo argumenta que, como uma parte burocrática da festa seja quase toda discutida na capital, o bumbá não pode deixar de ouvir os artistas, fiscais e membros da diretoria que residem em Parintins. “Tudo para que qualquer nova mudança no Regulamento do Festival seja amplamente discutida pela associação a fim de embasar uma decisão da presidência do boi”, consta.  


Dificuldades
Entretanto, o presidente do azul e branco sustenta a inviabilidade financeira para deslocar uma equipe até Manaus e discutir as novas regras do regulamento. “Ademais, é de conhecimento da Secretaria de Cultura as dificuldades financeiras pela qual passa a associação, com patrocinadores mantendo ou reduzindo repasses (Correios, Petrobras, Coca-Cola), e ainda os que já sinalizaram pelo fim na parceria (Vivo, Sky). Isso ocasiona grave perda de receita, sem contar que o Governo do Estado, pretende reduzir mais ainda o repasse de verba no ano de 2016, devido à queda na arrecadação e à crise financeira nacional”, diz um trecho do texto.  


Azêdo demonstra ainda preocupação em não dispor de orçamento para arcar com as despesas dos integrantes do Caprichoso em Manaus. “Senhor secretário, todos esses são fatores que muito preocupa essa associação, pois qualquer programação, incluindo-se reuniões para a discussão de regulamento, acarreta custos com passagens, hospedagens, alimentação e ajuda financeira para os participantes residentes em Parintins, que no nosso entender não podem ser excluídos deste processo”, salienta.  


Joilto apela até mesmo para que seja liberado, de imediato, o repasse financeiro do Governo do Estado para poder ter como cobrir as despesas da comissão de reformulação da regulamento. “Portanto, para que possamos iniciar os trabalhos junto à Comissão de Fiscais-Caprichoso, nos moldes desejado, ou seja, reunião nesta SEC, é importantíssimo a chegada de recursos a fim de custear as despesas dos que moram em Parintins e ainda custear minimamente os integrantes que residem em Manaus, pois estes ainda que nesta cidade, têm suas despesas e seus afazeres profissionais”, frisou.

 

Marcondes Maciel l Repórter Parintins

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