Fotos: Neudson Corrêa
Notícia do dia 08/10/2015
O artista plástico Eliomar Rodrigues, 39, vai expor suas obras em cerâmica na Casa das Artes, em Manaus, no período de 16 setembro a 27 outubro. Ele foi convidado pela Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas (SEC) em reconhecimento ao trabalho desenvolvido em argila, técnica adquirida nos oito anos em que viveu no Japão.
Desde que retornou ao Brasil, em 2010, Eliomar tem se dedicado na divulgação de seu trabalho produzido em terracota, técnica de criar objetos em argila cozida no forno, sem ser vidrada, embora, às vezes, pintada.
Com as atenções da mídia internacional voltadas para o Brasil, que realizava a Copa do Mundo no ano passado, levou sua criação para Piracicaba, interior de São Paulo, ao Centro Cultural Martha Watts e no Rio de Janeiro, no Centro Cultural Justiça Federal.
O resultado foi positivo que lhe rendeu um convite para participar de uma exposição na galeria Spectrum Miami, nos Estados Unidos. “Tal privilégio foi fazer um intercâmbio com artistas do mundo todo. Para 2016 um dos projetos é voltar à Nova York com as artes em terracota”, destaca.
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Natural de Monte Alegre/PA, Eliomar diz que será a primeira vez que levará sua arte a Manaus. Porém, sabe que será diferente, por uma questão de logística de transporte, os materiais não retornarão mais à sua galeria particular que mantém em seu quarto “Está sendo uma grande expectativa. Estou bastante confiante que tudo vai dar certo. As pessoas vão gostar do meu trabalho”, comenta.
Como fez Antoine Lavoisier por volta de 1770 quando disse que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, frase que o concedeu o título de pai da química moderna por ter enunciado o princípio da conservação da matéria, Eliomar procura seguir à máxima do imortal francês, criar suas obras a partir de materiais encontrados na rua como ferro, madeira e papel.
“Tudo pode ser aproveitado na obra a fim de fazer uma composição que agrade mais. Nada se estraga tudo se reaproveita tudo dá para criar e dar vida a um objeto que muitas vezes uma pessoa não dá valor e agente dá outro direcionamento”, comenta.
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O fascínio pela argila começou ainda criança quando brincava na beira do rio fazendo pequenos objetos. Mas foi na Terra do Sol Nascente que conheceu os maiores artistas daquele país, inclusive fez parte da Associação Internacional dos Artistas Plásticos, da qual ajudou a criar. Com o ingresso na entidade viajou com suas obras por todo o país asiático.
Em Parintins, cidade que o acolheu há mais de 15 anos, as peças em terracota foram expostas na Universidade Federal do Amazonas (Semana de Arte), Centro de Atendimento ao Turista (CAT), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Câmara Municipal. Em 2012, uma importante curadora internacional reuniu em uma galeria de Nova York obras de arte de todo o mundo, entre as quais, a de Eliomar.
Neudson Corrêa/ Repórter Parintins
