Buraqueira aumenta na cidade por falta de manutenção das ruas

Buraqueira aumenta na cidade por falta de manutenção das ruas Foto: Igor de Souza Notícia do dia 10/03/2015

A operação tapa buraco na cidade ainda não recomeçou e os buracos nas ruas traumatizam a população. A justificativa da Secretaria Municipal de Obras e Saneamento Básico (Semosb) para a demora na manutenção é porque as usinas de asfalto retornaram a produção a todo vapor em Manaus, depois do carnaval. Uma encomenda de 400 toneladas de asfalto usinado é aguardada para este final de semana em Parintins.

 

Com a chegada do material no município, máquinas e operários da Semosb poderão começar os trabalhos de reparos para minimizar os problemas acentuados por conta incidência do período chuvoso na região, assim como o movimento contínuo de veículos nas ruas. De acordo com a secretária municipal de obras, a engenheira Grace Garzon, se trata de um pavimento antigo e a péssima qualidade é mais um agravante.

 

“Sabemos da realidade das ruas que poderiam estar em estado pior, se não fosse a manutenção feita durante todo o ano de 2014, por causa da má qualidade do pavimento. Também devemos levar em consideração o tempo chuvoso. Nunca houve manutenção das ruas de Parintins nas gestões anteriores. Por mais que se faça um asfalto novo hoje, assim como toda obra, precisa de manutenção. Os buracos proliferam no período chuvoso”, explica Garzon.

 

A espessura do asfalto das ruas da cidade varia de uma via para outra. Tem locais onde existe apenas camada de 1 milímetro de pavimento. “No período chuvoso, abrem buracos cinco vezes mais nos bairros”, assegura. O fato de nunca de ter havido manutenção faz a Semosb ter trabalho maior em atender a demanda. Mais, além disso, a secretaria depende da questão burocrática executada por outros setores da administração pública.

 

O asfalto usado para manutenção das ruas de Parintins é ‘usinado a quente’ e ‘aplicado a frio’. O engenheiro da Semosb, Ronaldo Farias, enfatiza que a pavimentação de Parintins não foi projetada para o trânsito existente atualmente. “Hoje, existe um trânsito razoavelmente pesado aqui, embora tenha pouco carro. Têm muitas ruas com essa deficiência de asfalto, com espessura muita fina. Têm ruas com asfalto mais espesso”, ressalta.

 

A secretária de obras destaca que a operação tapa buraco geralmente acontece no máximo duas vezes por ano, logo após a enchente e uma semana antes do festival folclórico. Conforme Grace Garzon, o município desenvolveu estudo de 2013 a 2014 para saber qual material deveria ser usado na manutenção das ruas, pois a usina de asfalto de Parintins ficou abandonada pela administração municipal anterior.

 

“Para ser recuperada, necessita de muito dinheiro. Tinha que se ver um material com qualidade que nos atendesse rapidamente, sem a usina. A solução encontrada foi o asfalto usinado a quente e aplicado a frio. Devido a um aditivo quando ele é usinado, a gente consegue estocar de três meses a um ano. Esse asfalto pode ser aplicado até com uma chuva fina, porque o quente deve sair direto da usina e ser logo colocado”, pondera.

 

Somente em 2014, o município adquiriu 500 toneladas de asfalto e a manutenção teve resultado de 5 mil metros quadrados de serviço, com mais 80 ruas atingidas pela operação tapa buraco. “Hoje, tem buraco sim, mas estaria muito pior, se não tivesse sido feita essa manutenção ano passado. Como houve paralização da operação durante esse tempo e também por causa das chuvas, os buracos aumentam”, pontua.

Grace Garzon comemora a inclusão da estrada Parintins/Macurani, entre Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no planejamento do recapeamento de vias públicas de Parintins da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra). “A secretária Valdívia Alencar foi sensível ao nosso pedido e autorizou a inclusão de outras ruas como a estrada da Ufam”, conclui.

 

Da Redação/Repórter Parintins

 

 

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