Mulher de 20 anos acusa namorado de cárcere privado e violência doméstica

Notícia do dia 25/02/2014

A 3ª Delegacia Especializada de Polícia Civil de Parintins apura o suposto caso de cárcere privado, com violência doméstica e abuso sexual, praticado contra uma mulher de 20 anos pelo próprio namorado, o lutador de MMA, Darian Vieira. A delegada Ana Denise Machado aguarda o resultado dos exames de corpo de delito e conjunção carnal para verificar a materialidade do crime.

 

A constatação do caso se deu após a Polícia Militar ser acionada na manhã de sábado, 22, e arrombar a residência onde a mulher se encontrava presa desde ás 23h de sexta-feira, 21. Em contato por telefone celular, o suspeito preferiu não se pronunciar a respeito do caso, mas concedeu entrevista à rádio alvorada de Parintins. Ele negou as acusações e alegou que se tratou de uma briga entre casal.

 

Darian Vieira ressaltou que a namorada não aceitava o fim do relacionamento. Livre do flagrante e acompanhado do advogado Paulo Guerra, o suspeito se apresentou para a delegada Ana Denise na manhã de hoje. O caso já passou do flagrante. A delegada fez o indiciamento do acusado para encaminhar à justiça. Ela anunciou que vai anexar no processo certidões nas quais Darian Vieira responde por violência doméstica.      

 

Versão da vítima

A vítima prestou depoimento na 3ª Delegacia Especializada e revelou que passou por momentos de tortura. Darian Vieira teria questionado da companheira o passado. “Queria saber quem foi meu ex-namorado. Eu disse que não ia falar por se tratar de uma conversa inútil, sem importância naquele momento. Ele começou a me xingar, me bateu no rosto e me jogou no chão”, relatou.

 

A vítima buscou se defender, mas o agressor era mais forte. Uma tia do acusado tentou intervir e, segundo a vítima, o suspeito a mandou embora por força de xingamentos. Ela deixou os dois sozinhos. Em determinado momento, a vítima conta que apanhou até desmaiar. “Acordei somente no outro dia e sentia dores no meu corpo. Eu não conseguia me levantar direito e estava muito fraca”, desabafa.

 

O acusado esqueceu um celular em cima de uma mesa e a vítima, presa no andar superior da residência, aproveitou para chamar a Polícia Militar. Na primeira tentativa de verificação do caso, uma irmã do suspeito informou que não existia nenhum agravante. A vítima ligou pela segunda vez para a PM e indicou a localização. Os policiais entraram na residência e arrombaram a porta de um quarto.

 

 

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