Durante apresentação na 3ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), o tenente da Polícia Militar, Agnelson, informou que a delegada adjunta, Grace Lucena, determinou o cumprimento do mandado. ?Encontramos o cidadão nas proximidades da Marina Morena, no posto de gasolina. Ele não reagiu?, afirmou. Raimundo Nonato tentou repassar carro alienado ao promotor de eventos, Elias Malcher.
Ele recebeu R$ 3 mil de entrada. Impostos atrasados do veículo chamaram atenção do pai da vítima, o sargento da reserva da Polícia Militar, Luiz Carlos Malcher, que percebeu a ?roubada?. O militar pediu o cancelamento do negócio, mas o filho já tinha pagado a primeira parte. O vendedor do carro começou a enrolar o promoter, com falsas promessas de ?passa amanhã e depois?. Cansado das enganações, Luiz Carlos Malcher denunciou o caso na 3ª DIP.
No despacho, a magistrada de Manaus pede o recolhimento do suspeito a Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa para ?aguardar instrução de processo até o final do julgamento?. Apresentado na delegacia com visíveis sintomas de embriaguez alcoólica, o réu ameaçou o pai da vítima.
Na manhã desta quinta-feira, 21, aconteceu audiência entre as partes com a delegada Grace Lucena. O pai da vítima confirmou que o acusado apresentou um carro de segunda mão de três ou quatro parcelas de R$ 3 mil e não levantou suspeita até a entrega dos documentos. ?Meu filho juntou um ?dinheirinho? e queria me fazer uma surpresa ano passado?, afirmou.
Quando o Elias foi pegar o dinheiro, o cidadão começou a enrolar. Fui também a Manaus várias vezes para receber esse dinheiro e ele se escondia. Ele ficou apavorado ao descobrir que eu era policial. Meu filho fez uma festa recentemente e ele entrou em contato novamente, depois de meses?, relatou o sargento da reserva.
Raimundo Lima arrendou uma fábrica de gelo no bairro Santa Clara em parceria com o parintinense Júnior Cohen. O acusado ainda convenceu Elias Malcher a emprestar mais R$ 2 mil para pagar com venda de gelo e peixe. ?No afã de receber, meu filho arrumou a quantia a mais. Ele chorou de arrependimento por ter entrado ?numa fria?, contou o pai.
Malcher procurou conversar legalmente com Raimundo e Júnior sobre o dinheiro do filho. ?Chegou a me tratar com grosseria no celular e eu só queria que pagasse a dívida. Depois passou a ameaçar meu filho?, revelou. O Processo Judicial Digital (Projud) do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), Comarca de Manaus, apresenta ficha com oito processos contra o acusado.
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