Fogo destrói residência no bairro União, mas família não perde as esperanças de reconstruir a vida

Notícia do dia 01/04/2014

Sobrecarga de energia em uma tomada com pelo menos três eletrodomésticos ligados causou curto circuito e rapidamente a casa de madeira na Rua 12 do bairro União foi consumida por um grande incêndio no início da noite de segunda-feira, 31. ?Perdemos tudo, mas não a esperança de reconstruir nossa vida?, expressou bastante emocionada, sobre os escombros da moradia, a proprietária, Adriele Farias Azevedo, 26 anos, na manhã desta terça-feira, 01.

 

Em poucos minutos, o fogo se alastrou pelos cômodos da residência de madeira onde se encontrava Adriele Azevedo com o marido, três filhos e o pai, o pedreiro Enaldo Silva dos Santos, 42 anos. O sofrimento abalou a vida de mais duas famílias. ?O fogo consumiu todos os bens materiais. Deus livrou meus filhos. Meu pai morava atrás e meu cunhado na frente. Sobrevivemos com ajuda do meu cunhado. Ele, quando pode, compra frango e trazia para a gente comer?, enfatizou.

 

Atualmente desempregada, Adriele Azevedo disse que o marido procura por um emprego, enquanto o cunhado trabalha em um barco e contribui com as despesas nos finais de semana. ?Eu e meu marido estamos sem emprego, além do meu pai. Passamos por dificuldades. Eu era manicure, porém não tive mais condições de comprar materiais?, revelou em tom de desabafo. O fogo também comprometeu parte da estrutura de uma residência ao lado.

 

No momento, a agente comunitária de saúde, Marclei de Souza Ferreira, 33 anos, preparava jantar para o marido e um filho. ?Eu me arrumava para ir à aula e, ao mesmo tempo, fazia comida. De repente, eu ouvi como se estivesse espocando algo. Minha prima correu para avisar sobre o incêndio. O fogo já estava muito alto. Ouvia vozes de mulheres com gritos de que pegava fogo em um colchão. A gente pegava água em um balde e tentava apagar. O fogo avançava cada vez mais?, disse.

 

A família se viu obrigada a abandonar a casa quando vizinhos chegaram para tentar conter a propagação das chamas e tiravam todos os objetos de dentro. ?Afetou somente o telhado e uma parte da parede?, acrescentou Marclei Ferreira. Na manhã de hoje, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (Semasth) esteve no local para fazer levantamentos dos prejuízos e verificar as necessidades das famílias atingidas pela tragédia.

 

Entre as demandas da família de Adriele Azevedo estão materiais escolares para os estudos dos filhos como fardamentos, roupas e calçado. A assistente social Aline Costa atendeu o caso para emitir relatório e entregar à secretária da Semasth, Ester da Carbrás. Outra preferência é alimentação para a família de baixa renda. A Semasth entrou em contato com a Comissão Municipal de Defesa Civil (Comdec) para avaliar a possibilidade da construção de uma nova casa no local ou doação de madeira.

       

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