Corpo encontrado nas águas do Macurani em decomposição

Corpo encontrado nas águas do Macurani em decomposição Notícia do dia 18/12/2013 O corpo do auxiliar de pedreiro, Anderson Chagas Mascarenhas, 24, anos, foiencontrado em estado avançado de decomposição boiado nas águas de uma das cabeceiras do Lago Macurani na manhã de hoje, 18, em frente ao bairro Castanheira. Dois garotos se depararam com o cadáver quando iam revistar malhadeira.

Acionada por volta das 9h30min, a Polícia Militar fez o isolamento da área até a chegada de homens da 3ª Companhia Independente de Bombeiro Militar do Amazonas (CIBM), Instituto Médico Legal (IML) e Polícia Civil. Uma viatura da PM conduziu os restos mortais para a Sala de Medicina Legal.

Andréa Chagas Mascarenhas viu a ossada com pedaços de pele e identificou, pela tatuagem nas costas, além dos restos de roupa, ser do irmão desaparecido desde sábado à noite, Anderson. O corpo sofreu ataques de peixes. A família registrou Boletim de Ocorrência na 3ª Delegacia Interativa de Polícia Civil.

Após a emissão do documento, o médico legista Jorge de Paula Gonçalves inicia o exame de necropsia para atestar a causa da morte. O procedimento será feito na tarde de hoje com a colaboração do técnico em necropsia Afrânio de Jesus e do auxiliar Benedito Pimentel.

A Polícia Civil vai aguardar o resultado do laudo de necropsia para saber a causa da morte. Com a possível constatação de homicídio, o delegado Ivo Cunha determina abertura de investigação do caso para encontrar autoria. Investigadores da Polícia Civil acompanharam o envio do corpo ao IML.

Restos mortais

Moradores de sítio, no bairro Castanheira, perto do local onde os garotos encontraram o corpo, capturaram peixes com restos mortais humanos. Enquanto cortava piracatingas, a doméstica Maria da Silva, 56 anos, encontrou por volta das 18h de terça-feira, 17, olho humano dentro da barriga do peixe.

De acordo com ela, o marido trouxe o peixe pego na malhadeira nas águas da cabeceira do Lago Macurani. “O chamei para ver e ele ficou com nojo. Eu disse que era humano e não de animais. Não me assustei. Peguei e guardei em uma sacola. Tinha outros peixes com carne humana e fios de cabelo”, contou.

O companheiro de Dona Maria da Silva não conseguiu jantar, muito menos almoçar já no dia de hoje. O pedreiro Ronaldo Martins da Silva, 57 anos, pegou as piracatingas na manhã de ontem, deixou na canoa e só levou para casa no final da tarde. “A gente não come esse tipo de peixe e cozinhamos para os cachorros”, destacou.

Ronaldo da Silva observou olho, carne e cabelos na barriga das piracatingas. Ele comentou com a esposa que se tivesse alguém morto, estaria próximo do sítio. Hoje pela manhã, ao revistar rede de pesca, o pedreiro enxergou de longe algo na superfície e não passou pela imaginação ir ao lugar. “Horrível esse negócio”, acentuou.         
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