Acionada por volta das 9h30min, a Polícia Militar fez o isolamento da área até a chegada de homens da 3ª Companhia Independente de Bombeiro Militar do Amazonas (CIBM), Instituto Médico Legal (IML) e Polícia Civil. Uma viatura da PM conduziu os restos mortais para a Sala de Medicina Legal.
Andréa Chagas Mascarenhas viu a ossada com pedaços de pele e identificou, pela tatuagem nas costas, além dos restos de roupa, ser do irmão desaparecido desde sábado à noite, Anderson. O corpo sofreu ataques de peixes. A família registrou Boletim de Ocorrência na 3ª Delegacia Interativa de Polícia Civil.
Após a emissão do documento, o médico legista Jorge de Paula Gonçalves inicia o exame de necropsia para atestar a causa da morte. O procedimento será feito na tarde de hoje com a colaboração do técnico em necropsia Afrânio de Jesus e do auxiliar Benedito Pimentel.
A Polícia Civil vai aguardar o resultado do laudo de necropsia para saber a causa da morte. Com a possível constatação de homicídio, o delegado Ivo Cunha determina abertura de investigação do caso para encontrar autoria. Investigadores da Polícia Civil acompanharam o envio do corpo ao IML.
Restos mortais
Moradores de sítio, no bairro Castanheira, perto do local onde os garotos encontraram o corpo, capturaram peixes com restos mortais humanos. Enquanto cortava piracatingas, a doméstica Maria da Silva, 56 anos, encontrou por volta das 18h de terça-feira, 17, olho humano dentro da barriga do peixe.
De acordo com ela, o marido trouxe o peixe pego na malhadeira nas águas da cabeceira do Lago Macurani. “O chamei para ver e ele ficou com nojo. Eu disse que era humano e não de animais. Não me assustei. Peguei e guardei em uma sacola. Tinha outros peixes com carne humana e fios de cabelo”, contou.
O companheiro de Dona Maria da Silva não conseguiu jantar, muito menos almoçar já no dia de hoje. O pedreiro Ronaldo Martins da Silva, 57 anos, pegou as piracatingas na manhã de ontem, deixou na canoa e só levou para casa no final da tarde. “A gente não come esse tipo de peixe e cozinhamos para os cachorros”, destacou.
Ronaldo da Silva observou olho, carne e cabelos na barriga das piracatingas. Ele comentou com a esposa que se tivesse alguém morto, estaria próximo do sítio. Hoje pela manhã, ao revistar rede de pesca, o pedreiro enxergou de longe algo na superfície e não passou pela imaginação ir ao lugar. “Horrível esse negócio”, acentuou.
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