
O presidente da Assembleia, deputado estadual Josué Neto (PSD), tem se mostrado um defensor intransigente das questões relacionadas ao modelo econômico da Zona Franca de Manaus. Tanto é que no último dia 5, quando se comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente, encaminhou manifesto ao Congresso Nacional destacando números que comprovam a eficácia do modelo para a preservação do meio ambiente.
Josué Neto entende que a Zona Franca de Manaus não pode mais ser discutida sob o ponto de vista estritamente econômico. Haja vista que, hoje, a Zona Franca de Manaus se tornou um modelo amazônico de sustentabilidade ambiental.
Estudiosos da relação climática da Amazônia com o Brasil e a América do Sul já admitem que “como consequência do modelo Zona Franca de Manaus, o Estado do Amazonas tem os menores índices de desmatamento da Amazônia” e lamentam que, “infelizmente, o modelo específico da Zona Franca de Manaus é muito difícil de ser reproduzido”.
A postura do Estado de São Paulo foi, novamente, alvo de críticas de Josué Neto que afirmou que a produção agropecuária brasileira rendeu, em 2012, R$ 380,8 bilhões, o equivalente a 8,66% do PIB da Nação, graças à floresta amazônica que mantém o ciclo hidrológico que permite a expansão agrícola no país. O que de acordo com ele “equivale a dizer que a Zona Franca de Manaus contribui para uma riqueza anual pelo menos 14,4 vezes maior que a renúncia fiscal para mantê-la”.
Números
Em razão do modelo Zona Franca, o Amazonas mantém preservado 98% de sua cobertura florestal (de 157 milhões de hectares), equivalente a 153,9 milhões de hectares. “Quanto vale essa floresta em pé? Uma fábula! Pelo cálculo mínimo da pesquisadora brasileira Rosimeire Portela, os 153,9 milhões de hectares da floresta do Amazonas (28,56% da floresta amazônica total) valem hoje 428,4 bilhões de dólares ou 908,63 bilhões de reais”, ressaltou Neto.
Outro ponto destacado por Neto é de que somente referente a regulagem do clima global a floresta proporciona valor estimado entre 1,5 e 3 trilhões de dólares, o que de acordo com ele, “torna a renúncia fiscal anual de R$26 bilhões uma ninharia, representando apenas 0,6% do PIB nacional”.