O programa iniciou no dia primeiro de maio e se estende por seis meses até outubro. Nas três etapas finais, aumenta a oferta do pescado com a chegada da piracema, período de arribação de espécies pelo Rio Amazonas. O presidente da Colônia, Marcos da Luz, entende que cada vez mais está difícil o pescador sobreviver só da pesca. “A família dele produz nas oportunidades, culturas de ciclo curto na área de várzea como melancia, melão, maxixe, entre outros gêneros. Abrimos o leque até mesmo por ser um número muito restrito de agricultores no município beneficiados com o PAA”, afirma.
Os pescadores tem Declaração de Aptidão do Pronaf (DAP) e fazem parte do quadro de associados da Colônia. A Instituição juntamente com a Só Pesca fez dinâmica para aproveitar produtos do setor primário, principalmente quando chega à safra e não se tem para quem vender. A compra é de acordo com o preço da Conab e 25 entidades estão cadastradas, como, associações de bairros, Programa Pelotão Mirim da Polícia Militar, Sociedade Pestalozzi, Associações de Pais e Mestres. No período de maior oferta, a intenção é levar o pescado às comunidades do Rio Uaicurapá, Mamuru, onde há muita escassez de peixe.
Para levar os produtos à mesa dos comunitários, a Colônia desenvolve estratégias para receber os benefícios do PAA. Segundo Marcos da Luz, sempre a primeira etapa é realizado com muita dificuldade pela falta de infraestrutura. “Nem todos possuem isopor para acondicionar o peixe. As distâncias são muito longas. De vez em quando a gente enfrenta um período de muito sol. Fica ruim transportar o peixe no sol. Vamos seguir agora para o segundo mês”, destaca. As duas últimas entidades beneficiadas com remessas de peixe foram a escola Padre Paulo Mana e Pestalozzi.
Texto: Gerlean Brasil
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