Moradores denunciam Posto Ipiranga por poluição e risco à saúde pública

Notícia do dia 24/02/2013 Um grupo de moradores das proximidades do posto de gasolina Ipiranga, localizado na Avenida Amazonas, denunciou os problemas recorrentes ocasionados pelo odor forte de combustível que exala das bombas de abastecimento. Outra preocupação das famílias é quanto ao risco eminente de assaltos com armas de fogo que podem resultar em bala perdida e atingir as pessoas vizinhas.

De acordo com os reclamantes os fiscais do fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sedema) visitaram o posto Ipiranga, na manhã de quinta-feira, 21, para apurar as denúncias e tomar as medidas preliminares com relação ao dano da saúde humana. ?Tive que sair do quarto da frente para ir pra cozinha para tentar fugir do cheiro de combustível?, denuncia uma das moradoras, que pediu para não ter o nome revelado.

Em novembro do ano passado um grupo de moradores procurou o Ipaaam, mas não houve resposta do órgão. Eles alegam que o principal motivo para a reclamação se dá ao fato de várias pessoas registrarem problemas de saúde. ?Quando dormia sentia falta de ar. Me abanava e de manhã eu estava com boca seca e tive que usar máscara?, relata a moradora.

Intoxicação
Segundo declaração das famílias, os incômodos provocados pela inalação da substância tóxica que é derivada do etanol e petróleo são maiores no período da noite. ?O suspiro das bombas de gasolina fica todo pro lado do meu quarto. Fica com mau cheiro até no fundo no quintal. Ninguém pode ir, ao menos, para o fundo do quintal, pois parece que jogaram gasolina, porque o mau cheiro é muito?, desabafa.

Segundo outro morador da vizinhança do posto, que preferiu não se identificar e, que nesta reportagem chamaremos de João, o incômodo é grande e se arrasta desde a abertura do posto, a mais ou menos um ano.

Incômodo
Outro morador, que nesta reportagem chamaremos de José, afirmou que pediu a outros vizinhos para conversarem com o locatário, Valdemar Reis, a fim de convencê-lo a parar de abastecer os reservatórios, pelo menos na hora do almoço, pois qualquer fagulha é perigosa devido à grande pressão que tem a gasolina ao sair das bombas do caminhão-tanque. Segundo José, que preferiu não gravar entrevista, o proprietário aceitou a sugestão do vizinho e mudou o horário de abastecimento. Mas o morador confessa não ter mais coragem de assar churrasco, com medo de incêndio. Apesar de morar na mesma quadra, também teme o risco de explosão, caso haja um acidente. Além disso, ele reclama da desvalorização dos imóveis que estão localizados no entorno do posto Ipiranga. Segundo ele ?Quem vai querer comprar casa do lado de posto de gasolina??.

Outra preocupação é em relação à segurança do posto, pois são comuns assaltos. ?Teve uma semana que assaltaram o posto no domingo duas da tarde. O assaltante estava armado com terçado. Outra vez foi de madrugada, que uns assaltantes estava com arma de fogo. A gente tem medo de bala perdida ou qualquer eventualidade?, protesta.


Texto: Carly Anny Barros ([email protected])
Foto: Neudson Corrêa
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