No frio amanhecer de domingo, o repórter anda pela Praia de Copacabana
lotada de peregrinos em busca de relatos e explicações para o sacrifício
de uma noite incomoda à espera da missa de despedida do papa Francisco.
No
caminhar entre a trilha de jovens e seus sacos de dormir, escolhe uma
senhora que ainda boceja para dar seu testemunho: - Qual a sua idade? ?
77 anos. ? Como foi passar essa noite fria aqui em Copacabana? A
resposta é imediata! ? Foi maravilhoso!
O
que poderia parecer um sacrifício para aquela senhora, tornou-se
maravilhoso diante da fé e da alegria renovada pelas lições de humildade
e amor ao próximo dadas pelo papa Francisco na sua passagem pelo
Brasil.
De tudo que foi dito, destaco o discurso em que o papa condenou a intolerância religiosa, o racismo e a corrupção.
Ao
condenar a INTOLERÂNCIA RELIGIOSA o papa expressa o sentimento de um
Deus que ama a todos, nas palavras de Francisco, até os que não
acreditam na sua existência. É um chamado contra os conflitos
religiosos, contra o obscurantismo que justifica guerras e mortes, onde
Deus pretende ver harmonia e fraternidade.
O
combate ao RACISMO ? que ouso substituir por combate ao PRECONCEITO,
considerando que as distinções sociais, sexuais, físicas e religiosas
são tão nefastas quando as de raça ? expressa um compromisso cristão com
a igualdade de direitos entre os homens e com o respeito à diversidade.
Por
fim, ao combater a CORRUPÇÃO, nosso papa assume um discurso político
que, se não escolhe lado ideológico ou partidário, assume o lado do povo
e, em especial, dos mais humildes, daqueles que mais necessitam dos
serviços públicos e que assistem passivos esses serviços serem
precarizados dia-dia pela ganância de uns poucos.
A
passagem do papa Francisco pelo Brasil faz um chamado a uma atitude
ativa dos homens e mulheres de bem na busca de uma sociedade mais justa e
solidária. Sejamos pregadores desse novo mundo sem INTOLERÂNCIA
RELIGIOSA, RACISMO-PRECONCEITO e CORRUPÇÃO. Sejamos luz e esperança onde
há trevas e desilusão.
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