Caprichoso encerra o Festival celebrando a Amazônia nas Cores do Brasil

Boi azul e branco deixa a arena aos gritos de ?É campeão!?

Caprichoso encerra o Festival celebrando a Amazônia nas Cores do Brasil Fotos: Igor de Souza Notícia do dia 29/06/2015

Após cinco anos sendo o primeiro boi a se apresentar na primeira noite, o Boi-Bumbá Caprichoso encerrou a terceira e última noite do Festival Folclórico de Parintins exaltando a importância da Amazônia para o Brasil e a história do próprio festival. O primeiro momento da noite foi protagonizado pela Marujada de Guerra, que entrou na arena do bumbódromo tocando toadas antológicas.

 

Em um cenário folclórico, a Rainha do Folclore Brena Dianná surgiu em uma estrela prateada e rodeada por diversas manifestações culturais de todo o Brasil. No mesmo momento, a Figura Típica Regional homenageou os contadores de histórias. Na alegoria, o Boi Caprichoso citou figuras importantes como Luis da Câmara Cascudo, autor do Dicionário do Folclore Brasileiro; Patativa do Assaré, autor de diversos livros de literatura de cordel e Tonzinho Saunier, folclorista parintinense e autor de livros sobre a cultura de Parintins. A sinhazinha da fazenda Karyne Medeiros surgiu representando uma vitória-régia, que se transformou no item. A vaqueirada do Boi Caprichoso trouxe a cúpula do Teatro Amazonas em sua lança e foi conduzida pelo Touro Negro com trote e bailado.

 

A porta-estandarte Jéssica Tavares surgiu em um módulo que representava a Cobra-Grande. O apresentador Júnior Paulain destacou a história que embaixo de Parintins mora uma grande cobra que poderá devorar a Ilha a qualquer momento. Já a cunhã-poranga Maria Azedo surgiu em dois momentos: primeiramente, em um módulo alegórico de Nhetãn-Hekãn, lenda amazônica que não foi apresentada pelo Boi-Bumbá Caprichoso. Em um segundo momento, Maria surgiu na Lenda Amazônica Serpentárias, simbolizando as serpentarias amazônicas e as diversas lendas de cobra grande, espalhadas para o Brasil. A alegoria do artista Juarez Lima Lima que representou o duelo entre a cobra Honorato e a cobra Maria Caninana, com a devoração de Caninana por Honorato, encerrou de maneira apoteótica o espetáculo do Boi Caprichoso.

 

Dentre as inúmeras contribuições da Amazônia para o Brasil, o ritual de ingestão da ayahuasca é uma das mais notórias. Incorporado a Igreja Católica, como Santo Daime, a ayahuasca é um bebida alucinógena que, segundo os ashaninka, leva o pajé a ter devaneios e visões sobre o futuro do povo que habita o estado do Acre e o país vizinho Peru. O Boi-Bumbá Caprichoso apresentou o Ritual Kamaramphi, onde o pajé ingere a bebida e tem alucinações que podem mostrar a cura de todos os males para a etnia.

Tags: