Foto: Igor de Souza
Notícia do dia 22/01/2015
Assim que o ministro da Educação Cid Gomes anunciou aumento de 13,01% do piso salarial dos professores, cresceu a esperança dos educadores parintinenses sonhar com dias melhores. Porém, na rede municipal de ensino de Parintins, a notícia pode se transformar em frustração, pois ainda não é neste mês que os profissionais terão acréscimo em seus salários como recomendou o Ministério da Educação por meio da portaria 17/2014 que regulamenta o valor aluno-ano e que serve de referência para o cálculo do valor do reajuste.
Dessa forma a administração pública municipal contraria o que recomendou o ministro Cid Gomes no dia 6 de janeiro deste ano em pronunciamento em rede nacional. Com esta ação a Prefeitura de Parintins, por meio da secretária de Educação Municipal, Eliane Melo, procurada para falar sobre o assunto, e não encontrada na Secretaria, dá sinais de que desconhece a recomendação e o preceito constitucional de falta de respeito e compromisso com os profissionais da educação de Parintins.
A informação foi confirmada pela presidente do Sindicato dos Professores e Trabalhadores do Município de Parintins (Sinptempin), Joelma Carvalho, onde afirma que recebeu informação da própria secretária de Educação que não será possível o aumento no mês de janeiro em função de a folha de pagamento estar fechada.
O dado curioso neste posicionamento governista é que o Sindicato após tomar conhecimento oficial da recomendação ministerial formalizou o pedido de reajuste junto à Semed, no dia 8 de janeiro deste ano. “Portanto, não existiria razão para a secretária afirmar falta de conhecimento”, frisa Joelma.
A professora informa que o Sindicato já prepara uma ofensiva popular para cobrar da Prefeitura de Parintins, não somente explicações, mas principalmente que seja cumprida a determinação ministerial. “O reajuste é direito que está previsto no nosso plano de carreira e não favor do prefeito e de seus comandados que parece que brinca com a inteligência dos outros”, comenta a representante dos professores municipais.
A professora Leocarmem Muniz, em seu post, demonstra estar surpresa com a atitude da secretária de Educação, pois o aumento é regulamentado no plano de Cargos e Salários. “Se isso for verdade será a primeira vez que nosso plano será desrespeitado. Segundo informações, o prefeito não atende a representante do nosso Sindicato”, dispara.
O professor Márcio Farias sugere união da classe no sentido de exigir seus direitos. “O momento é delicado e não pede outra coisa senão a união de toda a categoria visando o bem de todos”, conclama o educador.
Para Eliaquim Nascimento, a atitude da secretária não passa de uma vergonha e demonstra indignação. “Professor, como sempre, vive em segundo plano. Pudéramos nós, estarmos no Japão! Mas, infelizmente, no Brasil dão mais valor ao traficante do que a um formador de opinião. Viva o "Brasil: pátria educadora”.
O professor Roberto Muller, em rede social, é outro que ficou indignado com o descumprimento por parte da prefeitura em não repassar o aumento salarial determinado pelo governo federal. “Tamo junto. Não sou partidário, mas é hora de defender nossos direitos arduamente conquistados. Mobiliza Parintins”, completa.
Neudson Correa para o Repórter Parintins
