Professores da Ufam a um passo de greve, em apoio ao Movimento Nacional

Professores da Ufam a um passo de greve, em apoio ao Movimento Nacional Notícia do dia 08/05/2015

Em assembleia no dia 6 de maio, 17 professores do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), aprovaram por unanimidade indicativo de greve da categoria, em adesão aos servidores públicos federais e Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). A deflagração do movimento paredista nacional é prevista para entre os dias 25 e 29 de maio.

 

No Amazonas, Parintins e Humaitá votaram a favor do movimento nacional no dia 6, enquanto a Associação dos Docentes da Ufam, Adua, adiou a decisão para o dia 14. Nos dias 15 e 16, em Brasília, será decidido se terá ou não greve. A luta nacional é puxada dentro de um bojo de uma greve geral contra a lei da terceirização, ajuste fiscal do Governo Federal que cortou R$ 7 bilhões da educação (equivalente a 30% do orçamento previsto para 2015).

 

Estão em pauta de discussão, retomada da negociação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e reprovação por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin 1923), que ameaça concursos públicos no país, ao permitir parcerias das universidades com o setor privado no modelo de gestão das Organizações Sociais (OS), e melhorias de condições de trabalho nas universidades públicas federais.

 

O professor do curso de comunicação social da Ufam, Rafael Belan, coordenou a assembleia que aprovou indicativo de greve no ICSEZ. “A gente tem uma etapa local de rodadas de assembleias, porque as unidades tomam posicionamento sobre a greve. Parintins e Humaitá decidiram seguir o indicativo de greve do Andes. Em Manaus, a Adua decidiu empurrar essa votação para o dia 14, data de paralização nacional. A etapa nacional vai ser nos dias 15 e 16”, informou.

 

A etapa nacional significa juntar todos os votos das unidades espalhadas pelo país e verificar se existem mais universidades favoráveis à deflagração do movimento paredista ou contrárias. “Caso vença por maioria, deflagra-se a greve. A data apontada, nesse indicativo feito pelo Andes, é entre 25 e 29 para iniciar o movimento. Toda greve, quando é deflagrada, não tem prazo de encerramento, porque se entra por causa de reinvindicação de uma pauta”, explicou. O sindicato nacional já negocia com o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). “Exigimos, nessas negociações, a presença do Ministério da Educação, porque uma das principais pautas são condições de trabalho nas Universidades Públicas. Temos universidades em condições extremamente precárias. Queremos que seja revisto o corte de R$ 7 bilhões na pátria educadora, senão, faltará condições de trabalho para o ano inteiro”, ressaltou o professor.

 

 Gerlean Brasil/Repórter Parintins

Tags: