Vítimas de acidentes superam traumas com auxílio da medicina popular

Vítimas de acidentes superam traumas com auxílio da medicina popular Fotos: Gerlean Brasil Notícia do dia 30/04/2015

Desde o ano de 2013 a Policlínica Municipal Padre Vitório é referência em fisioterapia. Pacientes em estado crítico de acidentes, desacreditados e desenganados, são alguns dos exemplos de recuperação a partir do tratamento a base de ervas ou óleos naturais da Amazônia, por meio de misturas anti-inflamatórias e cicatrizantes, além da alimentação saudável.

 

Quem utiliza técnicas da medicina popular acrescentadas à fisioterapia tradicional é Deucliane Guimarães, com formação em acupuntura, pediatria ortopedia, neurologia, pós-graduada em fisioterapia do trabalho, traumatologia e terapia manual. A estudante universitária, Gabrielle Pauxis Ribeiro, 21 anos, fraturou o osso da tíbia em acidente de trânsito em 2012, que foi diagnosticado um ano depois.

 

A princípio, segundo ela, no hospital foi informada do ortopedista que havia somente tido luxação, mas ficava com inchaço. A estudante revela ter passado por quatro médicos que não detectaram o problema. A perna ficou atrofiada por cerca de um ano. Ao sentir dores, procurou um clínico e pediu para fazer tomografia na perna, na qual se constatou a fratura, porém já havia calcificado.

 

“Com o resultado, fiz todo o procedimento de raspagem da calcificação, botei parafuso, fiquei de caldeira de rodas, andei de muleta e vim a Padre Vitório. Gradativamente melhorei. Aqui é excelente lugar para fisioterapia, porque fiz tanto a tradicional, quanto a diferenciada, com lado mais medicinal popular. Tive melhora muito mais aqui do que outro local”, revela.

 

Depois de um ano, apresentou princípio de artrose devido ao parafuso, teve de retirar e voltou à fisioterapia. A estudante, mesmo com a perna fraturada não vista pelos médicos, fez fisioterapia. “É uma das coisas que me deixa triste e revoltada, porque meu caso era uma coisa simples, eu poderia ter tido recuperação rápida. Meu problema foi não terem detectado a fratura antes. Isso dificulta muito”, desabafa.

O ex-jogador de futebol Sérgio Brasil de Souza, 69 anos, conhecido como Sacurá, tinha dificuldade de andar e faz tratamento há aproximadamente um mês. Ele pisou em um buraco na rua, no centro da cidade, em janeiro e só sentiu as consequências com o passar dos dias. “Da pisada que dei no buraco e tombei, comecei a sentir a perna. Graças a Deus deu tudo certo, me recupero e já ando bem”, declara.

 

O autônomo Rubens de Souza Duarte, 32 anos, teve dois dedos e parte do braço cortados, ao ser agredido com golpes de terçado na Vila Amazônia no mês de fevereiro. Sem força no braço esquerdo para trabalhar, ele considera ser a parte mais difícil e recorre à terapia com medicina popular para recuperar os movimentos. “Quando cheguei, não mexia o braço e já estou bem melhor”, conta.

 

Gerlean Brasil/Repórter Parintins

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