Usina de asfalto tira o sossego de alunos e professores do Sesc/Senac

Usina de asfalto tira o sossego de alunos e professores do Sesc/Senac Fotos: Divulgação Notícia do dia 22/03/2015

Durante visita as unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Serviço Social do Comércio (Sesc), de 18 a 20 de março, o presidente da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio), José Roberto Tadros, observou de perto os problemas provocados pela usina de asfalto. “Lamentavelmente vivemos uma realidade muito difícil. Recebemos reclamação de alunos e professores com relação a usina de asfalto que expele carga tóxica. Cria problemas respiratórios”, constatou.

 

O presidente do sistema Sesc/Senac aproveitou para fazer apelo ao prefeito e os órgãos ligados tanto a saúde, quanto meio ambiente, no sentido de que tomem as devidas providências para não causar danos físicos aos alunos. “Eles são o futuro dessa cidade e podem sofrer consequências danosas na sua saúde, como problemas respiratórios e pulmonares. A piscina do Sesc torna-se impraticável para os alunos de natação. Tem danificado todo o sistema de bombeamento”, afirmou Tadros.

 

Alunos e professores do Sesc/Senac apresentaram um abaixo assinado ao presidente da Fecomércio. “Queríamos, a princípio, porque somos de boa paz, que o senhor prefeito se sensibilizasse com isso e tomasse as providências devidas, no sentido de mudar essa usina de asfalto à um local adequado, longe do aglomerado urbano, para evitar não só danos físicos, mas ambientais”, pediu José Roberto Tadros. Diretores do Sesc e do Senac se pronunciaram a respeito do assunto.

 

A diretora regional do Sesc, Simone Guimarães, disse que a usina de asfalto em funcionamento prejudica não só as atividades da Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Temos vários alunos que com dificuldades pagam suas inscrições para fazer natação, hidroginástica. Funcionam entre segunda-feira e terça-feira. O resto dos dias damos manutenção. A fumaça do asfalto cai tudo dentro da nossa piscina. Na sala de aula, a poluição é tão grande que temos de abrir portas e janelas”, enumerou.

 

Ainda de acordo com a diretora, alguns alunos saem da sala de aula com falta de ar e a fuligem de asfalto compromete o sistema de duto da piscina semiolímpica. “Vem um químico para tapar o entupimento. Troquei várias vezes os equipamentos. Tem prejudicado demais nossas atividades e principalmente a saúde das pessoas. Já vieram para cá engenheiros ambientais e fizeram uma análise dos prejuízos. Realmente não podemos continuar com isso”, declarou Simone Guimarães.

 

Ao avaliar o andamento das obras de ampliação da unidade em Parintins, a diretora regional do Senac, Silvana Carvalho, enfatiza que a arquitetura recomenda utilização de tintas claras para se poder ter mais luminosidade nos prédios e, pelo menos, de seis a seis meses recebe pedido grande de material de reparos. “Um prédio branco, com menos de quatro meses de conclusão da obra, precisa de nova pintura porque fica cinza. Isso é reflexo da fábrica de asfalto que fica quase na frente”, ressaltou.

 

De acordo com a diretora do Senac, a despesa é alta com manutenção. “Esse investimento poderia ser revertido em outras coisas, na ampliação da programação, contratação de novos colaboradores, pois todas as pessoas que trabalham no Senac têm registro em carteira. Então, é um número amplo de profissionais que fazem parte da nossa folha. Isso está muito associado ao orçamento que consta uma reserva financeira para de seis em seis fazer reparos no prédio porque a usina deixa resíduos”, concluiu.

 

Por Gerlean Brasil
Da equipe Repórter Parintins

 

Tags: