Estudo da USP aponta que paciente curada de Covid-19 foi contaminada novamente após 33 dias

Pesquisadores afirmam que o caso apresenta forte evidência não somente de reinfecção por Sars-Cov-2 como de recidiva clínica

Estudo da USP aponta que paciente curada de Covid-19 foi contaminada novamente após 33 dias Arte: Divulgação/Ministério da Saúde Notícia do dia 06/08/2020

A Universidade de São Paulo (USP) divulgou nesta quinta-feira (6) um estudo onde mostra que uma técnica de enfermagem de 24 anos foi infectada pelo novo coronavírus duas vezes em um intervalo de 50 dias. As pesquisas foram conduzidas pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP).

 

De acordo com publicação da Revista Fórum, citando o G1, apesar de reconhecer que o caso é raro, os pesquisadores apontam que “a constatação traz implicações clínicas e epidemiológicas que precisam ser analisadas com cuidado pelas autoridades em saúde”.

 

Citando artigo científico publicado no American Journal of Emergency Medicine, os pesquisadores apontam que, o presente caso apresenta forte evidência não somente de reinfecção por Sars-Cov-2, como de recidiva clínica [retorno] da Covid-19, de forma semelhante a apenas um outro caso clínico relatado em Boston (EUA).

 

A primeira infecção teria ocorrido em 4 de maio, quando ela teve contato com um colega infectado e, em dois dias, apareceram sintomas como mal-estar, febre, congestão nasal, dores de cabeça e de garganta. Em 8 de maio foi realizado teste RT-PCR, que deu resultado negativo. Com a persistência dos sintomas, foi realizada outra testagem em 13 de maio, desta vez, com resultado positivo.

 

Em dez dias, desapareceram os sintomas e ela voltou a trabalhar.

 

Em 27 de junho, 38 dias depois, ela voltou a sentir os mesmos sintomas, acrescidos de dores musculares, cansaço, perda de paladar e olfato, além de diarreia e tosse. Em 2 de julho, passou por novo RT-PCR, com resultado positivo.

 

Após 12 dias, ela melhorou, mas ainda sente dores de cabeça e sinusite. Nas duas ocasiões, ela teve resultados positivos nos testes para anticorpos.

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