Fronteiras do AM estão em alerta

12 suspeitas de novos casos no estado já estão sendo investigadas por meio das amostras enviadas para o Instituto Evandro Chagas em Belém (PA)

Fronteiras do AM estão em alerta Foto: Divulgação Notícia do dia 11/01/2015

Essa semana, o Amazonas teve mais um caso confirmado de febre Chikungunya, novamente um turista, da Venezuela, estava infectado pelo vírus. De acordo com o diretor técnico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Bernardino Albuquerque, 12 suspeitas de novos casos no estado já estão sendo investigadas por meio das amostras enviadas para o Instituto Evandro Chagas em Belém, no estado do Pará. O resultado do exame deve ser revelado no mês de fevereiro.

“A nossa grande preocupação é com o fim dessa época de férias, quando as pessoas que viajaram retornarem. Caso estejam infectadas podem facilitar a entrada do  vírus no Amazonas”, disse o diretor técnico.

 

Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualizadas no dia 29 de dezembro de 2014, o Amazonas precisa ter cuidado com as suas fronteiras já que os países vizinhos, como a Venezuela e a Colômbia apresentam alto índice de pessoas infectadas pelo vírus.Na Venezuela são 2303 casos confirmados, na Colômbia são 416 e 3 mortes. O Peru não representa uma ameaça hoje em dia.Apesar do Panamá não fazer fronteira com o Amazonas é importante está atento aos índices de infectados por lá, já que existe voo direto de Manaus para o país. Atualmente, o Panamá teve 22 casos confirmados.

 

No Brasil o número de casos de Febre Chikungunya no Brasil aumentou 65% num período de um mês e meio. O Amapá é o estado brasileiro com o índice mais preocupante, com 1.146 casos, seguido pela Bahia com 1.015 casos, depois vem o Distrito Federal com 3 casos confirmados e o Mato Grosso Sul aparece com um. Ao todo são 2.258 pessoas infectadas.

 

A única maneira de fugir da doença transmitida pela picada dos mosquitos Aedes aegypi e Aedes albopictus é não deixar o mosquito se proliferar. Para isso, basta se livrar de qualquer água parada.A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), realiza o combate à Chikungunya e dengue informando a população. “É um trabalho de  conscientização da população para que tomem as medidas que evitem a proliferação do mosquito Aedes aegypti”, diz o secretário Homero de Miranda Leão.

Em seu portal, o médico Drauzio Varela detalha os sintomas da nova febre que assusta o Brasil. Segundo Drauzio, na fase aguda da chikungunya, a febre é alta, aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, dor muscular, erupção na pele, conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite).

 

Ele ainda destaca que a forte dor nas articulações, tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora. “Esse é o sintoma mais característico da doença”.

 

Ao contrário da dengue (que provoca dor no corpo todo), segundo o médico, não existe uma forma hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por meses ou até anos. 

 

Até agora foram 5 casos confirmados de Chikungunya e, atualmente, 12 suspeitos, no Amazonas, todos são “importados”, isto é, de pessoas que vieram de outros países, infectados pelo vírus.

 

O estado de alerta em relação à proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue e da Febre Chikungunya, preocupa a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). 

 

O Polo Industrial de Manaus (PIM) é formado por 1.250 indústrias e depende de uma mão obra direta composta por mais de 130 mil pessoas e um surto de uma dessas doenças poderia causar prejuízos de até 50% na produção industrial do pólo. A afirmação é do diretor de Comunicação e Marketing da Fieam, Paulo Roberto Pereira, quando participou da abertura da campanha de combate ao mosquito Aedes Aegypti, lançada em 2014 pela Prefeitura de Manaus.

 

“Se eu estiver tão doente a ponto de não poder ir trabalhar, eu passo a ser uma estatística. Mas existe uma coisa que muitos não percebem que é o presenteísmo, aquela incapacidade improdutiva que tem o funcionário com um vírus desses. Sua produção cai 50%. Então, ele não vira estatística como ausente na fábrica, mas sua produtividade vai a níveis insustentáveis, e isso não aparece na estatística”, enfatiza Pereira.

 

Com informações de Cynthia Blink - Acrítica

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