Professora da Ufam participa de audiência pública no Senado Federal para discutir ‘Violência estrutural contra as mulheres’

Professora da Ufam participa de audiência pública no Senado Federal para discutir ‘Violência estrutural contra as mulheres’ Foto: Divulgação/UFAM Notícia do dia 19/11/2019

A professora Milena Barroso, docente do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Amazonas (campus Parintins), participa, na próxima quarta-feira (20), em Brasília, no Senado Federal, de audiência pública sobre a “Violência estrutural contra as mulheres”. A atividade foi um convite feito pela Comissão Permanente Mista de Combate à Violência Contra a Mulher presidida pela senadora Zenaide Maia (PROS-RN) e requerida pela deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).

 

A audiência pública foi marcada a partir dos resultados da pesquisa de doutorado feita pela docente Milena Barroso no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Uerj, onde a professora da Ufam analisou a violência estrutural contra as mulheres no contexto dos grandes projetos da Amazônia, especificamente, a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Pará.

 

Segundo a pesquisadora a violência estrutural contra as mulheres pode se expressar de várias formas e a partir de várias mediações. “A violência contra as mulheres pode ser sintetizada na expropriação-opressão, exploração das terras, espaços e corpos das mulheres, com destaque para o estupro, mas também sob outras expressões, algumas comumente reconhecidas (como é o caso da violência conjugal e do assédio moral e sexual), e outras escondidas nas relações sociais, quer pelas violências mais diretas, quer pela própria dinâmica das relações que a naturalizam – o etnocídio, a expropriação de terras, a exploração do trabalho, o racismo contra as mulheres indígenas, ribeirinhas e negras”, explicou.

 

A pesquisa da professora apontou também que o enfrentamento à violência contra as mulheres pelas políticas de Estado, quando ocorre, dá-se com foco na violência doméstica e na responsabilização e culpabilização individual dos sujeitos. Segundo a professora novos patamares de sociabilidade não são possíveis se as relações continuarem a ser fragmentadas, responsabilizando individualmente os sujeitos e buscando soluções nas “grades” e “prisões”.

 


A audiência pública contará também com a presença de outras pesquisadoras brasileiras que estudam a temática, além da Coordenadora da Frente Parlamentar Feminista e Antirracista, a deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ), e da Coordenadora Executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara.

 

As informações são da Universidade Federal do Amazonas

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