Um emaranhado de fios elétricos e arame espalhados no posteamento do bairro Pascoal Alaggio e área do Distrito Industrial vem causando constantes interrupções de energia, curtos-circuitos e queda de energia.
Naquela área é fácil visualizar arame farpado e recozido, material impróprio conduzindo energia para os barracos, inclusive, os forrados e cobertos com palha e papelão. Esse tipo de material sem as normas de segurança é fácil de ocasionar curtos-circuitos.
Inúmeros fios e arames estão numa altura de um metro no meio do mato, um risco para crianças que todos os dias circulam pelo local.
Alguns moradores do bairro Pascoal Alaggio e proprietários de movelarias garantem que se sentem prejudicados, principalmente pela queda de energia, cobrando que a direção da Amazonas Energia determine o corte de todas as ligações clandestinas (gatos).
Um morador que pediu para não ser identificado, explicou que precisa de energia em seu barraco e não utiliza o fio elétrico adequado porque outros moradores furtam para vender, por isso fez a ligação até a sua casa utilizando arame farpado.
“Sei que é um risco! Não tem posteamento na invasão. Se eu colocar fio elétrico, vem outros moradores e furtam a noite. Queremos que essa situação seja definida se a ocupação vai valer”, declarou.
No dia 10 de agosto de 2017, o cidadão Raimundo Marques de Lima, 68, sofreu uma descarga elétrica com queimadura de primeiro grau na face, mãos e pés ao tentar fazer uma ligação clandestina para a sua residência localizada na Rua 01, casa 47 da invasão no Loteamento Pascoal Alaggio.
Em 2016, equipes da Amazonas Energia sob escolta de duas guarnições da PM fizeram o corte e retirada dos cabos elétricos que levavam energia irregular para mais de 200 barracos montados ilegalmente nas duas áreas de terra.
Durante a retirada do material, alguns invasores se acharam no direito de questionar e tentar impedir que fios e os arames fossem apreendidos e levados para a empresa.
A indefinição, se a ocupação dos lotes de terra vai valer continua gerando diversos questionamentos sobre a indústria das invasões no município parintinense, que supostamente por trás existem interesses políticos, especulação imobiliária e o comércio de terras.
Fernando Cardoso | Repórter Parintins